sábado, 24 de dezembro de 2011

Posso comemorar o Natal sendo budista?


Para um budista iniciante, as tradicionais de festas como o Natal podem trazer um pouco de confusão, tanto espiritualmente quanto emocionalmente. Posso celebrar o Natal, mesmo que eu seja um budista? Posso dar presentes de Natal ou enviar cartões de Natal? E o que eu faço quando for convidado para festas de Natal?

As respostas a perguntas como estas são, naturalmente, a preferência pessoal. Mas um pouco de informação pode fazer a transição para o budismo mais suave, especialmente quando se torna claro que o budismo pode coexistir pacificamente na vida de uma pessoa com outra religião. Congratulando-se com o budismo em sua vida não significa que é necessário renunciar a outras conexões religiosas, na verdade, o budismo pode ajudar a melhorar as ligações de uma com a outra.

Eu ainda devo celebrar o Natal?

Considerando as origens do Natal, ennquanto muitos adoram o nascimento de Cristo no natal, o feriado originalmente era em homenagem ao solstício de inverno. A árvore de Natal, embora a verdadeira origem não seja precisamente conhecida, acredita-se ser de origem pagã, essencialmente “cristianizada” através da conversão de várias sociedades ao cristianismo.

Natal moderno, pelo menos nos EUA, é em grande parte comercial, com crianças gritando sobre brinquedos do ano e outros desejos, ou então chorando e jogando fora quando suas exigências não são cumpridas na manhã de Natal. O enorme grupo de vendas Black Friday entre outras, dizem às pessoas que é importante comprar, comprar, comprar, dar, dar, dar.

Enquanto alguns mantêm suas tradicionais práticas cristãs, para muitos não é só isso. Curiosamente, os japoneses são essencialmente budistas, xintoísta, e geralmente uma combinação dos dois, mas eles celebram o Natal na forma de pequena troca de presentes, festas modestas com parentes e amigos, bolo de natal, e uma refeição ao estilo ocidental.

Ensinamentos budistas na época do Natal

A decisão de celebrar o Natal se deve a cada indivíduo. Se desejar adicionar uma influência budista para as celebrações do feriado, talvez você possa incorporar lições budistas tiradas de histórias de Natal.

E talvez, se possível, tentar fazer com que o natal seja o menos materialista possível; no Budismo, apesar de tudo, ensina que devemos estar conscientes do que já possuímos, de forma que desejar algo que não podemos ter, só nos faz sofrer.

Tradução livre daqui.

O Natal dos Simpsons



Presentes sob a Árvore Boddhi


No episódio dos Simpson “She of Little Faith”, Lisa entra em crise com sua fé e se converte ao Buddhismo, o Reverendo Lovejoy tenta dissuadi-la dizendo que ela não pode mais celebrar o Natal porque “Papai Noel não deixa presentes embaixo da Árvore Boddhi”.


Então Lisa visita o “Templo Buddhista de Springfield” onde Lenny, Carl e Richard Gere estão meditando e recebe um conselho excelente:


Gere: … Buddistas respeitam a diversidade de religiões, consideram válida toda religião baseada no amor e compaixão.

Lisa: … Como é… ?!

Gere: … É verdade. Então porque você não volta para casa? Estou certo que sua família sente sua falta.

Lisa: … Eu posso mesmo celebrar o Natal?

Gere: … Você pode celebrar qualquer data. E, não esqueça, meu aniversário é 31 de agosto -

Então, se você ainda estava preocupada, relaxe… Você pode comer panetone e peru de Natal e ainda manter-se buddhista :-).

Mas seja rápida pois ambos estão sujeitos a impermanência e pode não sobrar um pedaço para você.

Já as tortas e bolos podem levar à compreensão que não existe uma diferença inerente entre um objeto de apego e um objeto de aversão, só depende de quantas fatias você já comeu…


Adaptado de “Can Buddhists Celebrate Christmas?”

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Meditação apaga áreas cerebrais


Pesquisa mostra que praticantes frequentes da meditação têm mais facilidade para excluir o “eu” das suas divagações

Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, comprovaram, com a ajuda de imagens, que a meditação frequente desconecta as áreas do cérebro relacionadas com o “sonhar acordado” e divagações, assim como as que têm ligação com transtornos psiquiátricos como o autismo e a esquizofrenia.

Em geral, os pensamentos de divagação tendem a se focar em temas negativos, criando mais estresse e ansiedade.

Enquanto voluntários realizavam três técnicas de reflexão diferentes, o professor de psiquiatria Judson Brewer e sua equipe descobriram que os mais experientes mostravam uma diminuição na atividade das áreas cerebrais relacionadas a transtornos como déficit de atenção, ansiedade, hiperatividade e inclusive o acúmulo de placas de beta-amilóide na doença de Alzheimer.

A diminuição de atividade nesta rede, que abrange o córtex posterior e o córtex pré-frontal, foi observado nos experimentos, independente de quem estava praticando a meditação. A análise mostrou também que em geral, quando há meditação, as regiões do cérebro associadas com o controle cognitivo se ativam. Isso pode indicar que os praticantes frequentes da meditação estão em constante vigilância, e suprimem a aparição do “eu” nos pensamentos e divagações.

Durante o estudo, os voluntários foram convidados a participar de três tipos diferentes de meditação e ao longo do processo os cientistas puderam examinar a atividade cerebral com imagens de uma ressonância magnética.


Fonte: Universia Brasil