[...] Era o entardecer. Tudo estava silencioso a não ser por alguns pássaros. Vesti os hábitos formais, acendi um incenso de sandalo que trouxera, fiz um pouco de chá e enquanto o bebia lentamente puz-me a olhar para a palha de arroz que forrava o chão de todo o aposento.
De repente percebi o chão vivo. A palha de arroz era um grande arrozal. O vento balançava as longas hastes douradas. Foi tudo muito rápido, mas muito vívido. Pouco depois o chão voltou a ser a palha de arroz antiga, já um pouco desgastada pelos anos de uso, mas ainda em muito bom estado. Pensei em todas as pessoas que aqueles tatami suportaram e as que ainda servirão e senti uma grande reverência pelos campos de arroz. [...].
Texto extraído do original INTERSER, monja Coen Sensei.
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