“Não siga o passado, não se perca no futuro. O passado não existe mais, o futuro ainda não chegou. Observando profundamente a vida como ela é, aqui e agora, é que permanecemos equilibrados e livres. (Bhaddekaratta Sutta) "
quinta-feira, 8 de abril de 2010
"Criação" (creation)
Finalmente assisti o filme "Criação", cujo o próprio título já faz uma provocação entre o criacionismo e o evolucionismo. O cartaz do filme acima é outra, evocando a conhecida imagem da Capela Sistina, mas trocando o homem por um orangotango, nosso primo primitivo. Passei boa parte da minha adolescência lendo livros de Charles Darwin, por isso esse filme foi uma especial recordação daqueles tempos insólitos. O curioso é que esses livros foram presentes de meu pai, que até hoje é um religioso com fé no criacionismo, pode?
Mas o que me chamou a atenção na época foi a singular capacidade de observar e de experimentar que Darwin tinha, levando-o a conclusões magníficas, que mudaram o rumo da ciência, desvinculando-a gradualmente dos dogmas religiosos e tornando-a essencialmente experimental: cada vez mais baseada em evidências e cada vez menos baseada na bíblia.
Mas sua vida era constantemente atormentada, cheia de tristezas, dificuldades e dilemas morais. E mesmo com muitos problemas ele foi o cientista mais influente do mundo até o momento.
O lado humanitário e cavalheiro de Darwin foi uma das coisas que mais me impressionou em sua biografia. Apesar de sofrer muito com a sua doença e ele foi muito ativo e generoso em sua comunidade. Apesar de ter chegado a ter 9 filhos, a perda de uma única filha o deixou completamente arrasado.
Ele viveu várias décadas atormentado com a sua própria conclusão lógica de que a seleção natural, que descobriu, eliminava a possibilidade da existência de um Deus intervencionista que colocava animais sobre o nosso planeta quando lhe achava conveniente.
Infelizmente ainda hoje há pessoas que negam a evolução, ignorando uma quantidade monstruosa de evidências científicas que atestam a sua inamovível credibilidade.
Tratando-se de Hollywood é difícil dizer se o filme foi estritamente fiel à história deste grande cientista e humanitário, mas de qualquer maneira ele colocará em pauta o debate fundamental entre a evolução e o criacionismo e, talvez, ajude a elucidar as mentes de alguns incrédulos.
Sem dúvida, um filme imperdível!
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6 comentários:
Na evolução eu creio.
Na criação eu vejo o divino manifestado em mim tornando o meu dharma possível.
Gasshô.
Rosana.
Alguns muitos sabem que o o Universo é uma Consciência Existêncial e Não-Existêncial.
Por sugestão de uma amiga que acompanha seu espaço publiquei em minhas atmosferas um post que vc publicou. E passo segui-lo sendo que oportunamente retorno.
Forte abraço com muitas bençãos.
Alôha,
Hod.
hoje madrugada dia 11/04 assisti uma entrevista do prof. hermogenes na tv camara , e achei uma pessoa muito sábia e procurei assunto sobre yoga e outras filosofias indianas, seu blog é muito bom.
joão
Acredito que evolucionismo e criacionismo co-existem. Talvez uma das maiores besteiras do ser humano é achar que uma teoria necessariamente exclui a outra. Assim foi e assim tem sido. A física quântica não reconhece a física clássica e vice-versa. Bom, como seria possível termos 2 mundos: um quântico de possibilidades e um clássico de certezas. Da mesma forma, o criacionismo exclui o evolucionismo e vice-versa. Por que sempre crer que uma nova teoria necessariamente invalida a anterior? Da mesma forma agimos com as religiões... Misturar, fazer uma gostosa salada, talvez esse seja o grande segredo.
No Dharma,
Vou ficar de olho ;)
Otima dica, esta semana fui ver o filme do Chico Xavier, gostei muito.
Um abraço
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