“Não siga o passado, não se perca no futuro. O passado não existe mais, o futuro ainda não chegou. Observando profundamente a vida como ela é, aqui e agora, é que permanecemos equilibrados e livres. (Bhaddekaratta Sutta) "
domingo, 10 de outubro de 2010
Um eu eterno e absoluto?
Os budistas rejeitam a noção de um princípio eterno e imutável, e, além disso, argumentam que a concepção do eu como possuindo tais características é um constructo completamente metafísico, uma fabricação mental. Embora todos os seres tenham um senso inato de eu, o conceito de um eu eterno, imutável, unitário e autônomo está presente apenas na mente daqueles que pensaram no assunto. Entretanto, depois de sua própria investigação crítica, os budistas concluíram que o eu pode ser entendido apenas como um fenômeno temporário dependente dos agregados físicos e metais.
Somada à negação do conceito de um eu eterno e absoluto, o budismo também nega o senso ingênuo de um eu como mestre do corpo e da mente. O budismo ainda alega que não se pode encontrar qualquer eu além dos componentes físicos e mentais, isso exclui a possibilidade de um agente independente que os controle. Do ponto de vista budista, a concepção não-budista do eu como um princípio eterno e absoluto reforça o instinto ilusório e equivocado de se acreditar em um eu que controla nosso corpo e mente. Assim, todas as escolas budistas clássicas rejeitam o conceito de um princípio substancialmente real e eterno denominado "eu".
Dalai Lama. A essência do Sutra do Coração.
Extraído daqui.
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Um comentário:
Como uma gota no oceano
Assim
Agora.
Amanhã?
Não sei.
Gasshô.
Rosana.
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