“Não siga o passado, não se perca no futuro. O passado não existe mais, o futuro ainda não chegou. Observando profundamente a vida como ela é, aqui e agora, é que permanecemos equilibrados e livres. (Bhaddekaratta Sutta) "
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Para quedas de Buda
É inevitável o trocadilho: para-quedas de Buda e para quedas de Buda. No primeiro caso, estamos falando do para-quedas, aquilo que faz parar a queda quando saltamos de um avião. Eu nunca saltei. Minha filha e minha neta saltaram. Ambas sentiram a mesma coisa.
A analogia com os ensinamentos de Buda é inevitável. Às vezes, somos empurrados ao desconhecido. Como se nos puxassem o tapete. Ouvimos o barulho constante de nossos conflitos e incertezas, rancores e temores, como o grande zumbido do vento a 300 km/h. Quando abrimos os ensinamentos de Buda, entramos na paz de nirvana. É refugiar-se, abrigar-se no ser iluminado.
Claro que antes também nos sentíamos nas mãos suaves do vento, protegidos. E não percebíamos que estávamos caindo em alta velocidade. Sem para-quedas, iríamos nos esborrachar no chão. Os ensinamentos se tornam nossa segurança para um pouso certeiro, tranquilo, feliz.
Monja Coen
Extraído do texto “Para quedas de Buda” da Revista da Hora de 20 de junho de 2004
(publicado no facebook por monge Ryozan)
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5 comentários:
Ao acionarmos o para quedas, evitamos o sofrimento e nos encontraremos serenos e traquilos!
Uma frase que resume tudo eu ouvi outro dia:
"Se cair sete vezes, levante oito vezes."
Assim é o caminho da verdade.
Gasshô.
Rosana.
Existe apenas dois caminhos. Um é o que maioria prefere. A porta larga dos cristãos. Tudo fácil, sem lutas. Somente os prazeres. O outro é o caminho da verdade. Este é difícil. É a porta estreita. Requer muita perseverança e sobretudo "vontade".
O primeiro você não encontra o para quedas e o sofrimento é indescritível quando a "ficha cai". O segundo podemos cair e se a vontade for bem dirigida cairemos menos, mas é inevitável no aprendizado. O caminho da verdade deixa o para quedas sempre a disposição.
Muito bom o texto.
Seus emails (avisando que há ua nova postagem no blog) têm sido de grande valia pra mim.
Embora não professe o budismo como religião (sou mais de ler a Bíblia e fazer minhas orações, conversar diretamente com Deus) aprendo bastante aqui também.
Muito Obrigada!
:)
Assisti à sua entrevista num programa vespertino onde a sua filha também estava participando.
Adorei as suas respostas, sempre com sabedoria e serenidade.
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