sexta-feira, 8 de julho de 2011

Microcosmos


Se abrirmos os olhos e olharmos para o universo, observaremos o sol, a lua, as estrelas no céu, montanhas, rios, plantas, animais, peixes, aves sobre a terra. Frio e calor manifestam-se alternadamente; o brilhar do sol muda com a chuva, de um momento para outro, sem nunca chegar a um fim. Mais uma vez, vamos fechar os olhos e calmamente refletir sobre nós mesmos. De manhã à noite, nós estamos com a nossa mente demasiadamente agitada pelos sentimentos de prazer e dor, amor e ódio; às vezes cheios de ambição e de vontade, às vezes chamado de grande emoção da razão e da vontade. Assim, a ação da mente é como uma questão infindável de uma nascente d’água. Tal como os fenômenos do mundo externo são diferentes e maravilhosas, assim como é a atitude interna da mente humana. Vamos pedir a explicação destes fenômenos maravilhosos? . . . Porque é que a mente é submetida à constante agitação? Para isto, o zen oferece apenas uma explicação, ou seja, a lei de causa e efeito!

--Soyen Shaku in Tricycle: The Buddhist Review, Summer 1993.

2 comentários:

Rodrigo Daien disse...

Caros, como dizia Freud, "Não somos o Senhor em nossa própria casa", ou como diria Uchiyama Rôshi, "pensamentos são secreções cerebrais". E nós achamos que "possuímos" nossos pensamentos. Gasshô

Amanda Menezes disse...

Fantástico....!