A linguagem utilizada pelo Pensamento Zen é, portanto, em certo sentido, uma antilinguagem. E a “lógica” do Zen é o inverso radical da lógica filosófica. O dilema humano da comunicação está no fato de que não podemos nos comunicar ordinariamente sem palavras e sinais, mas, mesmo a experiência ordinária tende a ser falsificada pelos hábitos de verbalização e racionalização. Os instrumentos convenientes da linguagem nos permitem decidir de antemão o que pensamos que as coisas significam, e constituem uma tentativa para vermos as coisas apenas de um modo que se enquadre em nossos preconceitos lógicos e fórmulas verbais. Em lugar de ver as /coisas /e os /fatos/ como realmente são, nós os vemos como reflexos e verificações de sentenças que previamente construímos em nossas mentes. Esquecemos com muita rapidez como simplesmente /ver/ as coisas, substituindo nossas palavras e fórmulas de maneira a vermos somente o que se enquadra convenientemente
MERTON, Thomas. * Zen e as Aves de Rapina *.
Um comentário:
O ponto seria tentar interpretar o que existe de real na linguagem.
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