O homem precisa encontrar, aqui e agora, nas tarefas comuns, ordinárias e humildes, nos problemas humanos de cada dia, o sentido útil de sua existência.
[...] é a libertação, precisamente, da desordenada autoconsciência que tem de si e da monumental atenção ao seu eu, da obsessão com a auto-afirmação. Só assim poderá o homem saborear a liberdade, conseqüência da despreocupação que acompanha o fato de ser ele simplesmente o que é, aceitando as coisas como são, de maneira a colaborar com elas, do melhor modo que lhe for possível.
Creio que o Zen muito tem a dizer não somente ao cristão, mas também ao homem moderno. É algo de não doutrinal, é concreto, direto, existencial e procura, acima de tudo, enfrentar a vida no próprio âmago – não com idéias sobre a vida e, ainda menos, com plataformas políticas, religiosas, científicas ou qualquer outra coisa do gênero.
MERTON, Thomas. * Zen e as Aves de Rapina *.
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