Algumas pessoas se refugiam na comida para compensar as tristezas e a depressão. Comer demais pode criar dificuldades para o aparelho digestivo, contribuindo para o surgimento da raiva. Também pode gerar um excesso de energia que se transforma na energia da raiva, do sexo e da violência, se não soubermos lidar com ela.
Quando comemos bem, comemos menos. Precisamos apenas da metade dos alimentos que ingerimos diariamente. Para comer bem, devemos mastigar a comida por cerca de cinqüenta vezes antes de engolir. Quando comemos bem devagar e transformamos o alimento que está na nossa boca numa pasta líquida, absorvemos muito mais os elementos nutritivos através do intestino. [...]
Comer é uma prática profunda. Quando como, aproveito cada porção da minha comida. Tenho consciência da comida, consciência do que estou comendo. Podemos praticar o comer consciente – saber o que estamos o que estamos mastigando. Mastigar a comida com muito cuidado e alegria. [...] Quando comemos conscientemente, não estamos ingerindo ou mastigando nossa raiva, ansiedade ou projetos. Estamos mastigando a comida que outras pessoas prepararam com amor, e isso, além de ser extremamente agradável, no faz muito bem.
[...]
Quando o alimento se torna líquido, misturado com saliva, ele já está semidigerido, e quando chega ao estômago e ao intestino, a digestão se torna extremamente fácil. [...] Quando você come dessa maneira, ingere naturalmente uma quantidade menor de alimentos.
Muitos de nós
[...] Se você conseguir comer dessa maneira, comprará menos alimentos e assim poderá comprar alimentos cultivados organicamente, que são mais caros, incentivando os agricultores que fizeram a opção de cultivá-los.
Thich Nhat Hanh, Aprendendo a lidar com a Raiva, Sabedoria para a Paz Interior, Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2003.
Publicado originalmente no blog para ser zen.
Nenhum comentário:
Postar um comentário