domingo, 31 de agosto de 2008

A mente e o oceano


"A mente pode ser comparada a um oceano, e os eventos mentais momentâneos — como a felicidade, a irritação, as fantasias e a tristeza — às ondas que sobem e descem sobre sua superfície. Assim como as ondas podem ser apaziguadas para revelar a calma das profundezas do oceano, assim também é possível acalmar a turbulência de nossa mente para revelar sua clareza natural.

“A habilidade para fazer isto está dentro da própria mente, e a chave para a mente é a meditação.”

(McDonald, Kathleen. How to Meditate: A Practical Guide.) Extraído do blog Sobre o "eu" e toda as coisas.

sábado, 30 de agosto de 2008

A impermanência e a natureza


A impermanência e a natureza transitória da vida são encaradas habitualmente como negativas, algo que nos inspira temor e resistência; mas é precisamente porque tudo está a nascer e morrer continuamente que já estás livre. Mesmo que queiras estar apegado e preso, tal não é possível. Mesmo que tentes agarrar-te à forma como as coisas são e aquilo que possuis, não podes fazê-lo. Não é maravilhoso? Tudo parte há seu tempo; estás livre de todas as coisas, quer o queiras quer não. A maior parte das pessoas teme a perda daquilo a que têm amor e apego, mas na verdade a perda traz o ensinamento da liberdade. Fonte: Leituras Zen.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

VENDE-SE TUDO


No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:

_ Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
_ Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador , sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa. Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma .

No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a TV. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.

Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.
Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida. Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.

Fomos
embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.

Martha Medeiros

... e se só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, é melhor refletir e começar a trabalhar um pouco o DESAPEGO!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O Caminho de Buda


Quando jovem, Buda (que então se chamava Sidarta Gautama) vivia confinado num palácio que seu pai havia enchido com as coisas mais belas que o mundo podia oferecer. Pensava que, desta maneira, podia evitar que a dor humana atingisse o seu filho.

Certo dia, Sidarta resolve passear pela cidade. Cruza com um enterro, um velho, e um doente. Volta assustado para o palácio, mas é tarde: não pode mais esquecer o que viu.

Ao invés de ficar paralisado ou confuso como a maior parte das pessoas, resolve buscar as respostas para a tragédia da vida.

O sofrimento colocou o jovem Sidarta no caminho da busca interior. E sua preocupação em acabar com ele, o transformou num Iluminado.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Treinamento da Mente Compassiva



Mantenha sempre uma mente alegre.

Se puder praticar, mesmo distraído, você estará bem treinado.

Mude sua atitude, mas permaneça natural.

Não pense na falha dos outros.

Trabalhe primeiro com as maiores imperfeições.

Abandone qualquer expectativa de resultado.

Renuncie aos alimentos venenosos.

Não seja tão previsível.

Não fale mal dos outros.

Não se ponha de emboscada.

Não leve as coisas a um ponto doloroso.

Não transfira a carga do boi para a vaca.

Não procure fazer da dor alheia as pernas da sua própria felicidade.

Sempre medite sobre tudo que provoca ressentimento.

Não dependa de circunstâncias externas.

Não interprete incorretamente.

Pratique com determinação.

Quando o mundo está cheio de maldades, transforme todas as adversidades do caminho.

Seja grato a todos.

Incorpore à meditação no seu dia a dia, assim transforme tudo que você encontrar inesperadamente.

Atisha Dipankara, monge indiano que foi levado ao Tibete para transmitir a essencia dos ensinamentos do Buda.

domingo, 24 de agosto de 2008

Dedicação irrestrita


“Meditando com seriedade, o sábio alcança o nirvana, a felicidade mais elevada.”

DHAMMAPAD
A.

sábado, 23 de agosto de 2008

“Um dia vou me libertar do ego”. Quem está falando? O ego


Libertar-se dele não é verdadeiramente um grande trabalho, mas uma tarefa muito pequena. Basta estarmos conscientes dos nossos pensamentos e das nossas emoções à medida que eles vão surgindo. Não se trata de “fazer”, e sim de “ver” com atenção. Nesse sentido, é verdade que não há nada que possamos fazer para nos libertar do ego. Quando essa mudança acontece, ou seja, quando passamos do pensamento para a consciência, uma inteligência muito maior do que a esperteza do ego começa a agir na nossa vida. As emoções e até mesmo os pensamentos são despersonalizados pela consciência. A natureza impessoal de ambos é reconhecida. O eu deixa de existir neles. São apenas emoções e pensamentos humanos. Toda a nossa história pessoal, que, em última análise, não passa mesmo de uma história, de um amontoado de pensamentos e emoções, adquire uma importância secundária e não ocupa mais o primeiro plano da nossa consciência. Ela deixa de formar a base para nosso sentido de identidade. Nós somos a luz da presença, a consciência de que somos mais importantes e mais profundos do que quaisquer pensamentos e emoções.

Eckhart Tolle, do livro O Despertar de uma Nova Consciência.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Você acredita que é a sua mente


[...] a mente é um instrumento magnífico. Entretanto, você simplesmente não usa a mente. É ela que usa você. Essa é a doença. Você acredita que é a sua mente.

O instrumento se apossou de você. Estamos tão identificados com ela que nem percebemos que somos seus escravos. É quase como se algo nos dominasse sem termos consciência disso e passássemos a viver como se fôssemos a entidade dominadora. A liberdade começa quando percebemos que não somos a entidade dominadora, o pensador. Saber disso nos permite observar a entidade. No momento em que começamos a observar o pensador, ativamos um nível mais alto de consciência.

Começamos a perceber, então, que existe uma vasta área de inteligência além do pensamento, e que este é apenas um aspecto diminuto da inteligência. Percebemos também que todas as coisas realmente importantes como a beleza, o amor, a criatividade, a alegria e a paz interior surgem de um ponto além da mente. É quando começamos a acordar.

Eckhart Tolle.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Fazendo as pazes com o momento presente

O ego adora o ressentimento que alimenta contra a realidade. O que é realidade? Qualquer coisa. Buda chamou-a de tatata - a verdadeira natureza da vida, que não é mais do que a verdadeira natureza do momento. A oposição contra essa essência é uma das principais características do ego. Ela dá origem ao negativismo em que o ego se fortalece, à infelicidade que ele adora. Nesse sentido, causamos sofrimento a nós mesmos e aos outros sem nem sequer saber que estamos fazendo isso, ignorando que estamos criando o inferno na Terra. Provocarmos dor sem saber - essa é a essência de vivermos de modo inconsciente, é estarmos totalmente sob o domínio do ego.

A extensão da incapacidade que ele tem de reconhecer a si mesmo e ver o que está causando é perturbadora e inacreditável. Ele faz exatamente o que condena nos outros, porém não percebe isso. Quando esse comportamento se torna evidente, ele usa a negação irada, argumentos sagazes e justificativas para distorcer os fatos. Tanto as pessoas quanto as empresas e os governos agem assim. No instante em que todos os recursos falham, o ego recorre aos gritos e até mesmo à violência física. Envia os soldados. Agora podemos entender a sabedoria profunda das palavras de Jesus na cruz: “Perdoai-os, pois eles não sabem o que fazem”.

Eckhart Tolle, do livro O Despertar de uma Nova Consciência.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

"Penso, logo não existo"

Identificar-se com a mente faz com que estejamos sempre pensando em alguma coisa.

Ser incapaz de parar de pensar é uma aflição terrível, mas ninguém percebe porque quase todos nós sofremos disso, então, consideramos uma coisa normal.

O ruído mental incessante nos impede de encontrar a área de serenidade interior, que é inseparável do Ser. Isso faz com que a mente crie um falso eu interior que projeta uma sombra de medo e sofrimento sobre nós. O filósofo Descartes acreditava ter alcançado a verdade mais fundamental quando proferiu sua conhecida máxima: “Penso, logo existo”. Cometeu, no entanto, um erro básico ao equiparar o pensar ao Ser, e a identidade ao pensamento.

O pensador compulsivo, ou seja, a maioria das pessoas vive num estado de aparente isolamento, num universo povoado de conflitos e problemas, num mundo que reflete a fragmentação da mente em uma escala cada vez maior[...] Eckhart Tolle

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A vida é a dançarina e nós, a dança

Fazendo as pazes com o momento presente. Esse momento é o campo em que o jogo da vida acontece. Não há nenhum outro lugar em que ele possa existir. Uma vez que tenhamos nos reconciliado com o momento presente, devemos observar o que ocorre, o que podemos fazer ou escolher fazer ou, em vez disso, o que a vida faz por nosso intermédio. Há uma expressão que revela o segredo da arte de viver, a chave de todo sucesso e de toda felicidade: nossa unificação com a vida. Quando formamos um todo com ela, formamos um todo com o Agora. Nesse instante, compreendemos que não vivemos a vida, é ela que nos vive. A vida é a dançarina e nós, a dança.

Eckhart Tolle.

domingo, 17 de agosto de 2008

Palestra na UFSC sobre "A Vida e o Budismo"

Mova-se para dentro do Agora

Nós passamos a maior parte de nossas vidas pensando no passado e fazendo planos para o futuro.

Ignoramos ou negamos o presente e adiamos nossas conquistas para algum dia distante, quando conseguiremos tudo o que desejamos e seremos, finalmente, felizes.

Mas, se queremos realmente mudar nossas vidas, precisamos começar agora. Neste momento.

Eckhart Tolle.

sábado, 16 de agosto de 2008

A situação da vida

Às vezes ouvimos falar de pessoas que cometeram suicídio porque perderam a fortuna ou tiveram sua reputação arruinada. Esses casos são extremos. Outras pessoas, ao sofrer uma grande perda, tornam-se profundamente infelizes e adoecem. Não conseguem distinguir a vida da situação da vida.

Eckhart Tolle.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Será que o sofrimento é realmente necessário?

Sim e não.

Se você não tivesse sofrido o que sofreu, não teria profundidade como ser humano, não teria humildade nem compaixão. Não estaria lendo este texto agora. O sofrimento rompe a casca do ego - do "eu" autocentrado - e promove uma abertura até atingir um ponto em que cumpriu sua função.

O sofrimento é necessário até que você se dê conta de que ele é desnecessário.

Eckhart Tolle é escritor e conferencista.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

OS PORTAIS DO PARAÍSO

Um orgulhoso guerreiro chamado Nobushige foi até Hakuin, e perguntou-lhe: "Se existe um paraíso e um inferno, onde estão?" "Quem é você?" perguntou Hakuin. "Eu sou um samurai!" o guerreiro exclamou. "Você, um guerreiro!" riu-se Hakuin. "Que espécie de governante teria tal guarda? Sua aparência é a de um mendigo!".
Nobushige ficou tão raivoso que começou a desembainhar sua espada, mas Hakuin continuou: "Então você tem uma espada! Sua arma provavelmente está tão cega que não cortará minha cabeça..."
O samurai retirou a espada num gesto rápido e avançou pronto para matar, gritando de ódio. Neste momento Hakuin gritou:
"Acabaram de se abrir os Portais do Inferno!"
Ao ouvir estas palavras, e percebendo a sabedoria do mestre, o samurai embainhou sua espada e fez-lhe uma profunda reverência.
"Acabaram de se abrir os Portais do Paraíso," disse suavemente Hakuin.

O inferno é perder o controle apesar do poder. O paraíso é manter o controle, apesar do medo.

Conto Zen.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O MESTRE E O DISCÍPULO

O Mestre instruía o discípulo sobre a essência da Lei do Universo:

Disse-lhe: Seja como a terra. Diante de tudo o que recebe, mesmo dejetos, a terra não se perturba; pelo contrário, o assimila para se tornar mais fértil. Seja pois como a Terra.

Disse-lhe ainda: Seja como a água. Ela purifica a si mesma e limpa tudo que a toca. Seja, pois, água em torrente.

Disse-lhe também: Seja como o fogo. Ele transforma a madeira velha e podre em luz, e calor, produzindo energia que serve a vida. Seja, pois, como o fogo.

E ainda disse: Seja como o vento. Ele espalha as sementes sobre a terra, faz o fogo arder com mais brilho e dispersa as nuvens para que a água caia sobre todos os homens.

“E concluiu o Mestre: Se você tiver a humildade da terra, a paciência da água e a caridade do vento, você estará livre.” Conto Zen.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Nossa verdadeira natureza

“Nossa verdadeira natureza não pode ser encontrada em livros e estudos acadêmicos, pois nossa verdadeira natureza está além do discurso e das palavras. Ela está antes do pensamento. Se você achar este ponto antes-dos-pensamentos, então é possível alcançar o seu verdadeiro eu.”

Seung Sahn.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

“Mente de Principiante”


“[...] na mente do principiante há diversas possibilidades. Na mente do conhecedor há bem poucas.” Mas é de se notar que um veterano, embora não seja um principiante no Caminho deverá ser um principiante do Caminho, pois, para nele permanecer é condição básica que tenha sempre este espírito de principiante.

Shunryu Suzuki.

domingo, 10 de agosto de 2008

Amor e apego

O quase-inimigo do amor é o apego. O apego se disfarça como amor. Ele diz: "Vou amar você se você me amar de volta". É um tipo de "amor para negociantes". Então pensamos: "Vou amar essa pessoa se ela continuar assim. Vou amar isso se for do jeito que eu quero". Mas isso jamais é amor - é apego.

Há uma grande diferença entre amor - que permite, honra e aprecia - e apego - que segura, exige e quer possuir. Quando apego se confunde com amor, ele na verdade nos separa da outra pessoa. Sentimos que precisamos dessa outra pessoa para ser feliz. Essa qualidade do apego também nos leva a oferecer amor apenas a certas pessoas, excluindo outras.

Joseph Goldstein, em "Seeking the Heart of Wisdom".

sábado, 9 de agosto de 2008

As coisas são sempre o que são...

"As coisas são sempre o que são". Esse pensamento não é um conselho de desespero, mas um convite ao contentamento. Vivendo a partir do que somos, saímos de uma vida centrada em nós para uma vida centrada na realidade. Abandonando os pensamentos mágicos, despertando para a mágica do momento atual, damo-nos conta da graça do nada de especial... o zen vivido.

Charlotte Joko Beck
© Ordinary Mind Zen School.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O bom uso da liberdade

"A prática de mantermos o destemor, de mantermos a confiança, nos liberta do hábito de ficarmos agarrados às coisas, às experiências e até mesmo ao sofrimento. O resultado dessa prática é o bom uso da liberdade, a ausência de medo e a paz interior, que nos conduzem a agir amorosa e compassivamente."

Lama Padma Samten.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

...acenda uma vela para o Tibet

...acenda una vela y ora por el Tibet
donde te encuentres házlo e invita a tus amigos reenviando este e-mail
7 de agosto 2008; 9 pm México,10 pm Chile- United States(Washington DC),
11 pm Argentina-Brasil
8 de agosto 2008; 03 am Inglaterra-Portugal, 04 am España-Paris-Roma,
05 am Jerusalem, 06 am Rusia-Sud Africa (Pretoria), 07 am Etiopia,
08 am India,10 am Beijing,12 pm Australia
La libertad del TIBET no es sólo una petición por una cuestión territorial, abarca las fibras más básicas y profundas de la persona humana; esto es, el derecho a realizarse como nación religiosa en la tierra de los antepasados.
FREE TIBET FREE
PANCHEN LAMA
http://mx.youtube.com/watch?v=kXmGo1myj40 En Ingles

ॐ भूर्भुवस्व: | तत् सवितूर्वरेण्यम् | भर्गोदेवस्य धीमहि | धियो यो न:प्रचोदयात्
Aum bhūrbhuvasvaH | tat savitūrvareṇyam | bhargo devasya dhīmahi | dhiyo yo naH pracodayāt

Gayatri Kodaksham Paripurnam Siddhir Babatu
Que la gracia del Gayatri mantra se derrame sobre ti
Gayatri Vedanta Yoga

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Zen e a Física Quântica

Dois homens estavam discutindo sobre uma flâmula que tremulava ao vento:

É o vento que realmente está se movendo!"- declarou o primeiro.

"Não, obviamente é a flâmula que se move!"- contestou o outro.

Um mestre Zen, que por acaso passava perto, ouviu a discussão e a interrompeu, dizendo:

"Nem a flâmula, nem o vento estão se movendo" - disse. "É a mente que se move."

domingo, 3 de agosto de 2008

O que é o Zen?

“Zen significa entender a si mesmo completamente e então ajudar nosso mundo. Os seres humanos sofrem por não compreenderem a si mesmos. Temos forte tendência a nos identificar com nossos desejos e ódio, nossos gostos e aversões. Assim criamos sofrimento para nós mesmos e para os outros seres com quem compartilhamos nosso planeta. O Zen utiliza técnicas básicas de meditação para nos ajudar a retornar a nossa natureza original, a nosso ser amoroso e compassivo. Quando nossas mentes se acalmam, nossa natureza original se revela e nos permite viver uma vida útil com clareza, momento a momento.”

Escola Zen Kwan Um

Poesia Zen

Sentado quietamente,
Nada fazendo,
A primavera vem,
A grama cresce por si.

Zenrin Kushû

sábado, 2 de agosto de 2008

Zen

“Zazen literalmente significa Sentar Zen. Zen é uma palavra que vem do Sânscrito Dhyana ou Jhana e significa um estado meditativo profundo. Geralmente não chamamos o Zazen de meditação, pois o verbo meditar é transitivo direto, ou seja, requer um objeto. Meditar sobre a vida, meditar algo. Enquanto que o Zen é intransitivo. Não há objeto de meditação. Até o sujeito desaparece. E quando isso acontece o Caminho se manifesta em sua plenitude.”

Monja Coen Sensei

Onde está Buda?

Por 300 anos após a morte de Buda, não havia nenhuma imagem dele. A prática das pessoas era um reflexo de Buda, não havia necessidade de externalizar isso. Mas, com o tempo, assim que a prática foi perdida, as pessoas começaram a colocar o Buda fora de suas mentes, de volta no espaço-tempo.

Assim que o conceito foi externalizado e imagens, criadas, grandes professores começaram a enfatizar de novo o significado anterior de Buda.

Há um ditado que diz: "Se você ver o Buda, mate-o". Bastante chocante para pessoas que oferecem incenso e se devotam na frente de uma imagem com a idéia de um Buda externo.

Se você tem na mente o conceito de um Buda fora de você, mate-o, abandone-o [...] Buda Gautama repetidamente lembrava as pessoas de que a experiência da verdade vem de suas próprias mentes.

Joseph Goldstein, "The Experience of Insight".

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Sobre morte e luto

É possível ser feliz depois da morte de alguém muito querido?
"Sempre é possível ser feliz. A felicidade está em nós. Uma capacidade de contentamento mesmo nas maiores dificuldades, dores, perdas. Reconhecemos o processo vida-morte em ação. É o nosso processo. E todos vamos morrer, assim como todos nossos ancestrais morreram. Faz parte da natureza humana. Não apagamos a memória. Não substituímos a pessoa por outra. mas continuamos nossa jornada, levando em nosso ser a marca da dor, mas não o peso, o trauma, a incapacidade de viver. Somos a vida. Somos a morte. Estamos todos interrelacionados. Intersomos.

(Entrevista com a MONJA COEN SENSEI sobre morte e luto)

Isso é o Karma

Nossas ações viram causas e, dessas causas, naturalmente, vêm resultados. Tudo que é colocado em movimento produz um movimento correspondente. Se você joga uma pedra em uma lagoa, formam-se ondulações em círculos, batem na margem e voltam. O mesmo se passa com o movimento dos pensamentos. Quando os resultados desses pensamentos retornam, sentimo-nos vítimas indefesas: "Estávamos inocentemente vivendo nossa vida... por que todas essas coisas estão acontecendo conosco? "O que acontece é que as ondulações estão voltando para o centro. Isso é o carma.

Chagdud Tulku Rinpoche, em "Portões da Prática Budista".