terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

KENSHO


KENSHO é uma palavra japonesa que faz referência ao momento em que o praticante de Zen consegue perceber a sua verdadeira natureza. O Kensho, assemelha-se a um despertar, sendo uma experiência menos profunda que a Satori (iluminação), é como a abertura de uma porta que dá acesso a algo de grandioso que não se pode descrever por palavras. O Kensho (tal como a Satori) acontece espontaneamente, isto é, você não deve praticar Zen com o objetivo de ter uma Kensho, mas a qualquer momento ele acontece, surge do nada, e você, apercebe-se da sua natureza, da sua budeidade.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

GASSHÔ


Gasshô é uma expressão que significa “mãos em prece”, respeito, confiança e devoção. Junte às palmas e os dedos de ambas as mãos a uma distância de cerca de 10 centímetros na altura do seu nariz. Quando as duas mãos (a dualidade) se juntam, representam o Coração-Mente (a não-dualidade).

Gasshô é uma palavra japonesa que faz referência a uma posição específica das mãos. O Gasshô expressa uma atitude de humildade, respeito e gratidão, que são, alguns dos pilares da Zen. Colocar as mãos em Gasshô preconiza também unificar as polaridades do ser (direita e esquerda, passividade e atividade, o interior e o exterior, o corpo e a mente, o positivo e o negativo, etc.) e assim, permitir a unificação de todas as partes do praticante do Zen. Nesta unificação, o Kensho pode florescer.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Retorno


Depois de um período de escuridão e obscuridade sempre volta a luz, então agora você pode enfrentar uma nova fase de renascimento. É o momento certo para que você possa renovar-se e começar um novo caminho, sem pressa. Não haverá resistências que impeçam o seu percurso rumo a retomada do caminho.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Porque somos diferentes?


Somos todos diferentes uns dos outros. Isto é tão evidente como a diferença entre o dia e a noite. Mas porquê? Para termos uma resposta rigorosa teríamos de recorrer à ciência. E a compreensão das coisas da ciência nem sempre são simples. Mas é fácil percebermos que somos diferentes uns dos outros. É uma evidência que decorre do nosso conhecimento empírico. Da nossa observação. Mas não é só nos humanos. Reparem como lado a lado convivem duas árvores, da mesma espécie mas com comportamentos tão diferentes! Uma já despida do seu manto de folhas feito e outra toda vestida a rigor, ou se não fosse o ar frio um bom motivo para andar vestido…

Somente aqueles que abraçam a si mesmos podem de forma verdadeira compreender os outros que estão sofrendo e considerar o sofrimento alheio como se fosse o seu próprio. Por exemplo, quando estamos em um estado de vida baixo, não gostamos de nós mesmos. Posteriormente, quando estamos nos sentindo melhor e observamos outros em uma situação ruim, podem pensar: ¨Que pena! ¨e dentro de si podemos julgá-los como ¨Quão fraco.

A forma como julgamos a si é exatamente como julgamos os outros.

Quando forem para cama, pensem: ¨Um grandioso Buda está indo dormir agora¨. De manhã, quando acordar, não importando como se sinta pense: ¨Um grandioso Buda está se levantando. Viva uma vida louvando sua própria vida, desfrutando o que estiver fazendo, deliciando-se a cada momento. A cada manhã acorde como um Buda e a cada noite, durma como um Buda. Desfrute cada momento da vida com alegria - este é o verdadeiro significado da prática Zen.

Somos diferentes, mas no fundo Somos Um.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

RELACIONAMENTOS


“SADHANA DO RELACIONAMENTO”

[...] Sempre que seu relacionamento não estiver bom, sempre que fizer aflorar a “loucura” em você e em seu parceiro, fique feliz. O que estava inconsciente está vindo à luz. É uma chance de salvação.

Sustente, a cada instante, o saber de cada momento, em especial o do seu estado interior. Se houver raiva, saiba que é raiva. Se houver ciúme, defesa, um impulso para discutir, uma necessidade de ter sempre razão, uma criança interior reclamando amor e atenção, ou um sofrimento emocional de qualquer tipo, seja o que for, saiba a realidade do momento e sustente esse conhecimento.

O relacionamento passa a ser o seu sadhana, a sua prática espiritual. Se você notar um comportamento inconsciente no parceiro, prenda-o no abraço amoroso do seu saber, de modo que você não tenha uma reação. A inconsciência e o conhecimento não conseguem conviver por muito tempo, mesmo que o conhecimento esteja só com uma pessoa e a outra não tenha consciência do que está fazendo. A forma da energia que existe por trás da agressão e da hostilidade acha a presença do amor absolutamente insuportável. Se você reage á inconsciência do seu parceiro, você também fica inconsciente. Mas, se ficar alerta à sua reação, nada está perdido.
[...]

Se você continuar buscando um relacionamento como forma de salvação, vai se iludir cada vez mais. Mas, se aceitar que o relacionamento está aqui para torná-lo consciente em lugar de feliz, então o relacionamento vai lhe oferecer a salvação e você estará alinhado com a mais alta consciência que quer nascer nesse mundo. Para os que se mantiverem apegados aos padrões antigos haverá cada vez mais sofrimento, violência, confusão e loucura.

Quantas pessoas são necessárias para transformar sua vida em uma prática espiritual? Não se incomode se caso o parceiro não queira cooperar. É através de você que a sanidade, ou seja, a consciência consegue chegar a este mundo. Você não tem de esperar o mundo se curar, ou alguém se tornar consciente, antes de poder alcançar a iluminação. Pode ter que esperar pra sempre.
[...]

Extrato do livro: PRATICANDO O PODER DO AGORA de Eckhart Tolle.