domingo, 30 de janeiro de 2011

Técnica de meditação pode 'desligar' estresse no cérebro



Pesquisas recentes indicam que é possível modificar a estrutura cerebral de forma a reduzir os impactos do estresse a partir de técnicas de meditação.

Para verificar isso, a BBC convidou o britânico Todd German, funcionário de um parque temático de vida marina na Inglaterra, a participar de um curso sobre o estado de "atenção plena", alcançado por meio da meditação.
Estado de preocupação

Quando o cérebro está preocupado, vê-se pontos vermelhos espalhados

Todd German afirmou que gostaria de tentar a meditação porque enfrenta dificuldades de sono.

Pessoas que meditam seriam capazes de "desligar" as preocupações ou pensamentos negativos.

Após uma semana de testes, German afirmou não ter se convencido totalmente, mas admite que a técnica permite se desligar um pouco, limpar a cabeça e também sentir a calma se transferir para o corpo.

Procurada pela BBC, a pesquisadora Elena Antanova, especialista em estudos sobre o cérebro da universidade londrina King's College, afirmou ser possível mudar a configuração do órgão voluntariamente por meio da meditação, afastando os efeitos danosos do estresse.

Fonte.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Meditação altera estrutura do cérebro em oito semanas


Massa cinzenta

Dois meses de prática de meditação são suficientes para gerar mudanças mensuráveis nas regiões do cérebro associadas à memória, ao sentido de si mesmo, à empatia e ao estresse.

Em um estudo que será publicado na revista Psychiatry Research, uma equipe liderada por cientistas do Hospital Geral de Massachusetts (MGH) relata os resultados deste que é o primeiro estudo a documentar alterações na massa cinzenta do cérebro produzidas pela meditação.

Os praticantes de meditação sempre afirmaram que, além da sensação de relaxamento e tranquilidade física, eles experimentam benefícios cognitivos e psicológicos de longa duração.

Os cientistas agora confirmaram essas alegações e demonstraram que elas estão associadas a alterações físicas reais no cérebro.

Meditação que altera o cérebro

Estudos anteriores de vários grupos encontraram diferenças estruturais entre os cérebros de praticantes de meditação experientes e de indivíduos sem história de meditação, sendo observado um espessamento do córtex cerebral em áreas associadas com a atenção e a integração emocional.

Este estudo reforça essas conclusões ao eliminar outros efeitos e documentar que tais diferenças foram efetivamente produzidas pela meditação.

O estudo usou imagens de ressonância magnética do cérebro dos participantes.

Os participantes relataram também redução do nível de estresse, que foram correlacionados com a diminuição da densidade da massa cinzenta na amígdala, que é conhecida por desempenhar um papel importante na ansiedade e no estresse, mas também na sociabilidade.

Plasticidade do cérebro

Por muito tempo os cientistas acreditaram ter "evidências" de que o cérebro era uma estrutura fixa, com um número de neurônios que só fazer decrescer ao longo da vida.

Hoje já é reconhecido não apenas que o cérebro é dotado de uma incrível plasticidade, mas também que mudanças no cérebro podem ser induzidas voluntariamente.

"É fascinante ver a plasticidade do cérebro e que, praticando a meditação, podemos desempenhar um papel ativo para mudar nosso cérebro e aumentar o nosso bem-estar e nossa qualidade de vida," diz Britta Hölzel, da Universidade de Giessen, na Alemanha, coautora do estudo.

Fonte

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vidas passadas


Talvez alguém possa pensar que, quando falamos do conhecimento das vidas anteriores, estamos nos referindo ao conhecimento do passado e do futuro no sentido usual destes termos. Porém que valor poderia ter tal coisa? Se unicamente se dessem conta de que a natureza original e imutável do Eu não é santa nem mundana, ignorante nem iluminada, chegariam a compreender que todos os ensinamentos e todos os princípios nascem da Mente. É por isso que, tanto a ilusão dos seres comuns quanto a iluminação dos Budas, mora na polegada cúbica de suas mentes e não pertence absolutamente aos sentidos, aos seus objetos, à mente ou seu domínio. Como poderiam, chegados a este ponto, falar em termos de "passado", de "presente", de "budas", ou de seres comuns? Não existe nada, em última instância, que oculte a visão, ou partícula de pó que manche as mãos. A Mente vazia e resplandecente é imensa e ilimitada, é o Thathagata (Aquele que vem e que vai do assim-como-é) eterno e perfeito que mora idêntico em todos os seres, e que estão iluminados desde sempre. Deste modo, quando há compreensão, nada aumenta; e quando não há, nada diminui... "Adquirir o conhecimento das vidas anteriores" significa, pois, chegar a perceber que Isto tem sido assim desde sempre.


Se não chegarem a penetrar nesse domínio se encontrarão constantemente desassossegados por todo tipo de sentimentos relativos à ilusão e ao despertar. E então se deixarão arrastar por todos os sinais do passado e do futuro e não compreenderão, em suma, que existe um Eu Verdadeiro nem tampouco esclarecerão que, na Mente essencial, não pode haver engano ou confusão alguma. Sem alcançar tal domínio obrigarão a que os Budas se dêem ao trabalho de aparecer neste mundo e também serão a causa do patriarca Bodhidharma ter vindo da Índia no passado distante. Este e não outro é o significado da aparição de Buda em nosso mundo e a intenção original da viagem feita por Bodhidharma.


Sejam então muito cuidadosos e cheguem a entender que a Mente original é profundamente sapiente, carece de erros, é resplandecente e não pode ser ocultada. Assim, pois o sentido de "adquirir o conhecimento de vidas anteriores" consiste em perceber a natureza desta resplandecente luminosidade original.

Poema de encerramento:

Hoje também tenho algumas humildes palavras com as quais gostaria de aprofundar um pouco mais este princípio. Vocês gostariam de escutá-las?

"Em vidas passadas
despojou-se de um corpo após outro.
E hoje finalmente encontrou
seu Velho Companheiro."


~Mestre Keizan Jokin Sama (1264-1325) - "Anais da transmissão da luz"(Denkoruku) - Trecho do Teisho do caso 19.

Tradução livre do espanhol por Monge Ryozan.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Wabi Sabi “A beleza na imperfeição”

A beleza na imperfeição. ” A beleza do tempo”

Wabi Sabi é uma expressão japonesa usada para definir a harmonia visual que existe na imperfeição. Olhar e tentar observar tudo com simplicidade, naturalidade, e atenção à realidade que está a nossa volta.

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Varrendo um grande jardim:

Em uma linda noite, um dos maiores mestres da cerimônia do chá no Japão, Takeno Joo, recebeu em seu mosteiro um jovem chamado Sen no Rikyu, que bateu à sua porta querendo aprender os complicados rituais da cerimônia.

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Mestre Takeono Joo

Takeno abrigou o rapaz e pediu que, no dia seguinte pela manhã bem cedo, antes das orações, ele varresse o jardim externo do mosteiro, que era todo circundado de Momijis e cerejeiras em flor.

Pela manhã Rikyu, começou feliz seu trabalho e, ao final de algumas horas, o jardim estava completamente limpo e sem folhas. Olhou mais uma vez e, antes de chamar o seu mestre, checou cada centímetro de areia e pedras para ver se estavam completamente limpas.

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Sen no Rikyu

Sen Rikyu se dirigiu para uma árvore central do jardim e sacudiu um de seus galhos e algumas flores caíram no areia e nas pedras do jardim. Ele retornou e falou para seu mestre que, agora sim, estava tudo em harmonia. O mestre Takeono sorriu e, daquele dia em diante, Sen Rikyu se tornou um dos seus melhores alunos do mosteiro e se tornaria, com o tempo, um dos maiores e mais revolucionários mestres da cerimônia do chá no Japão.

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A cultura Zen e Taoísta mostra que a ação do homem tem que ser leve e harmoniosa quando lida com a natureza e com o que está à sua volta. Não devemos interferir de maneira que se perca a essência da vida: nascimento, amadurecimento e morte são um ciclo e devem ser respeitados. Devemos enxergar e admirar aquilo que o tempo desgasta e toca com suas mãos.

Ter uma visão Wabi Sabi é ter um olhar melancólico, sabendo que á vida é feita de várias etapas passageiras, e o pensamento Budista retrata bem esse sentimento.

“Todas as coisas são impermanentes. Todas as coisas são imperfeitas. Todas as coisas são incompletas”.

Fonte: http://aidobonsai.wordpress.com/

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Onde está o guarda-chuva?


Ao cabo de dez anos de aprendizagem, Zenno achava que já podia ser elevado à categoria de mestre zen. Em um dia chuvoso, foi visitar o famoso professor Nan-in.

Ao entrar na casa de Nan-in, este perguntou:

- Você deixou o seu guarda-chuva e os seus sapatos do lado de fora?
- Evidente – respondeu Zenno. – É o que manda a boa educação. Eu agiria assim em qualquer lugar.
- Então me diga: você colocou o guarda-chuva do lado direito ou do lado esquerdo dos seus sapatos?
- Não tenho a menor idéia, mestre.
- O zen budismo é a arte da consciência total do que fazemos – disse Nan-in.

A falta de atenção nos pequenos detalhes pode destruir por completo a vida de um homem. Um pai que sai correndo de casa, nunca pode esquecer um punhal ao alcance do seu filho pequeno. Um samurai que não olha todos os dias a sua espada, terminará encontrando-a enferrujada quando mais precisar dela. Um jovem que esquece de dar flores a sua amada, vai acabar por perdê-la.

E Zenno compreendeu que, embora conhecesse bem as técnicas zen do mundo espiritual, havia se esquecido de aplicá-las no mundo dos homens.

domingo, 16 de janeiro de 2011

O grande Vazio...


No Budismo, dizemos que todo o mundo, inclusive nós mesmos, somos uma manifestação dessa natureza búdica (iluminada). Por isso, no Zen, prioriza-se tanto a meditação (zazen). Se esta natureza já está dentro de nós, é somente uma questão de acalmar-se para poder 'enxergá-la'. Durante a meditação, as águas agitadas que são as emoções se acalmam, e assim podemos ver o fundo do jarro onde encontraremos a derradeira verdade de todo ser. O grande Vazio! O "Não-Eu".

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Meditação mindfulness


Há algumas décadas, pesquisadores vêm apontando a ligação entre meditação e a terapia cognitivo-comportamental. Em 2002, a Associação de Terapia Comportamental e
Cognitiva (então Associação para o Progresso da Terapia Comportamental) publicou uma
edição especial dedicada à integração da filosofia budista a essa abordagem psicoterápica.

Os autores argumentam que interpretações budistas para o sofrimento estão intimamente relacionadas a deduções embasadas no conhecimento a respeito do “eu”. A ideia de karma, por exemplo, estaria “refletida” nas técnicas da terapia cognitivo-comportamental que enfatizam comportamentos positivos e não prejudiciais como terapêuticos. Eles indicam ainda que a meditação pode representar um antídoto útil ao “comportamento não virtuoso” por meio do estado de atenção plena, sem preocupação com julgamentos. A ideia de mindfulness, central no pensamento budista, refere-se a uma conscientização cuidadosa dos próprios pensamentos e emoções, fundamental na meditação. A prática busca promover uma forma de consciência de pensamentos negativos na qual qualidades como aceitação, descentralização e desapego favorecem a capacidade de refletir e influenciar as próprias experiências cognitivas. Essa orientação direcionada aos próprios pensamentos de forma flexível é capaz de promover a regulação afetiva.

Fonte: Revista Mente & Cérebro (214 nov/2010).

Baixe a matéria completa aqui!

Mindfulness (sem tradução exata no português, é definida como um estado de atenção plena, voltada para o momento presente, de forma intencional, sem julgamento), tem sido pesquisada pelo programa de redução do estresse baseado em mindfulness (MBSR, na sigla em inglês), criado pelo pesquisador Jon Kabat-Zinn, professor da Universidade de Massachusetts, EUA.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Não desperdice sua vida!


"Vida e morte são de suprema importância,
O tempo rapidamente se esvai,
e oportunidade se perde.
Cada um de nós deve esforçar-se por despertar,
Cuidado, não desperdice esta vida!"

(verso recitado no término da atividade diária da CZBF)