quarta-feira, 30 de setembro de 2009

SILENCIE A MENTE


Quando estamos em silêncio, não interferimos em nada a nossa volta e, por esse motivo, não geramos o caos. O silêncio demarca os espaços entre as palavras, entre os pensamentos e também o espaço entre nós e o mundo. Agir em silêncio é ato de humildade e de forte compromisso com a ação e não com o resultado, pois não há expectativa de aprovação.

Quando paro penso no que vou falar, geralmente fico quieto, pois compreendo que em grande parte, o que falo, é tradução de uma massiva confusão mental inerente de preconceitos e informações mal formadas da minha própria mente. Porém, há uma diferença nobre em falar o que pensa e falar o que se sente. Quando trago do fundo sentimentos, emoções e pensamentos construídos a partir da observação dessas emoções, brota um silêncio profundo.

Devemos silenciar e deixar que esse silêncio tome conta de todo o nosso ser e que cada momento de silêncio seja uma oportunidade de “mergulhar em si mesmo”.

Por minha própria experiência, posso dizer que a prática do zazen (meditação zen), se traduz em uma excelente ferramenta para estarmos mais atentos e conscientes de tudo, das nossas relações de interdependência com todos os seres.

A meditação zen possibilita às pessoas manterem-se conectadas com sua verdadeira natureza. À medida que avançamos na prática, vamos percebemos melhor os condicionamentos sociais, familiares, que tanto aprisionam nossa mente. A criança está constantemente presente, iluminada, repleta de amor. Com os condicionamentos, aos poucos ela se afasta desse estado natural de ser.

“No Zazen não devemos ter expectativas. Zazen não é uma técnica para obter o que quer que seja, é muito mais natural do que isso. No entanto, as coisas mais naturais são por vezes as mais difíceis. E porquê? Porque pensamos. Não há nada de errado com o pensamento. Pensar é um processo muito natural, mas deixamo-nos condicionar muito facilmente pelos nossos pensamentos e damos-lhes muito valor. Tentamos cuidar de nós mesmos, da estrutura do nosso ego, através do pensamento. Pensar é uma abstração. Não é ser, é pensar sobre ser. E uma vez que ‘nascemos e morremos sete mil vezes por segundo’, as condições que pensamos já desapareceram. Pensamos acerca de sombras em vez de sermos a própria vida.” Maezumi Roshi (1931-1995).

Geralmente a utilizo em diversos momentos do dia, acessando esse silêncio interior, “observando a mim mesmo”. Sugiro que você comece a praticar esta observação antes de deitar-se ao anoitecer para clarear sua mente, deixando-a menos turbulenta.

Somos como um lago. A cada vez que aprofundamos a nossa observação sobre este lago, conhecemos ainda mais qual a sua profundidade e, cada vez que sabemos o quão profundo ele é, mais imersos passamos a perceber melhor o mundo e as coisas como realmente são.

A cada dia a nossa vida fica mais atribulada, cheia de questões não resolvidas e assuntos para “correr atrás”. Penso que isto só acontece porque ainda nos mantemos muito na superfície do desse lago, e nos esquecemos de nos aprofundar por completo no que realmente somos.

A nossa prática deve priorizar o “conhecermos a nós mesmos”, e ajudarmos os outros a mergulharem em seus lagos em silêncio.

“A verdadeira inteligência atua silenciosamente. A calma é o lugar onde a criatividade e a solução dos problemas é encontrada”. (Eckhart Tolle em O Poder do Silêncio)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Zen-budismo na vida e no trabalho


O zenbudismo pode significar uma fonte inspiradora para o paradigma ocidental em crise bem como para a vida cotidiana. Isso porque o zen não é uma teoria ou filosofia. É uma prática de vida que se inscreve na tradição das grandes sabedorias da humanidade. O zen pode ser vivido pelas mais diferentes pessoas, simples donas de casa, empresários e pessoas religiosas de diferentes credos.

O centro para o zenbudismo não está na razão, tão importante para a nossa cultura ocidental. Mas na consciência. Para nós a consciência é algo mental. Para o zenbudismo cada sentido corporal possui a sua consciência: a visão, o olfato, o paladar, a audição e o tato. Um sexto é a razão. Tudo se concentra em ativar com a maior atenção possível cada uma destas consciências, a partir das coisas do dia-a-dia. Possuir uma atitude zen é discernir cada nuance do verde, perceber cada ruído, sentir cada cheiro, aperceber-se de cada toque. E estar atento às perambulações da razão no seu fluxo interminável.
Por isso, o zen se constrói sobre a concentração, a atenção, o cuidado e a inteireza em tudo aquilo que se faz. Por exemplo, expulsar um gato da poltrona pode ser zen; também libertar os chacorros do canil e deixá-lo correr pelo no jardim. Conta-se que um guerreiro samurai antes de uma batalha visitou um mestre zen e lhe perguntou: "que é o céu e o inferno"? O mestre respondeu: "para gente armada como você não perco nenhum minuto". O samurai enfurecido tirou a espada e disse: "por tal senvergonhice poderia matá-lo agora mesmo". E ai disse-lhe calmamente o mestre: "eis ai o inferno". O samurai caiu em si com a calma do mestre, meteu a espada na bainha e foi embora. E o mestre lhe gritou atrás: "eis ai o céu."

O que a atitude zen visa, é a completa integração da pessoa com a realidade que vive. Deparamo-nos no meio de diferenças, compartimentando nossa vida. O zen busca o vazio. Mas esse vazio não é vazio. É o espaço livre no qual tudo pode se formar. Por isso não podemos ficar presos a isto e àquilo. Quando um discípulo perguntou ao mestre: "quem somos"? respondeu apontando simplesmente para o universo: "somos tudo isso". Você é a planta, a árvore, a montanha, a estrela, o inteiro universo. Quando nos concentramos totalmente em tais realidades, nos identificamos com elas. Mas isso só é possível se ficarmos vazios e permitirmos que as coisas nos tomem totalmente. O pequeno eu desaparece para surgir o eu profundo. Então somos um com o todo. Este caminho exige muita disciplina. Não é nada fácil ultrapassar as flutuações de cada uma das consciências e criar um centro unificador.

Há uma base cosmológica para a busca desta unidade originária. Hoje sabemos que todos os seres provém dos elementos físicoquímicos que se forjaram no coração das grandes estrelas vermelhas que depois explodiram. Todos estávamos um dia juntos naquele coração incandescente. Guardamos uma memória cósmica desta nossa ancestralidade.

Depois, sabemos também que possuímos o mesmo código genético de base presente em todos os demais seres vivos. Viemos de uma bactéria primordial surgida há 3,8 bilhões de anos. Formamos a única e sagrada comunidade de vida.

Ao buscar um centro unificador, o zen nos convida a fazer esta viagem interior. É escusado dizer que tudo isso vale para todos mas principalmente para mim.

Leonardo Boff é Teólogo, professor e membro da Comissão da Carta da Terra

Fonte

domingo, 27 de setembro de 2009

Economia do Amor, Economia do Agora


O trem estava semivazio, no caminho entre Genebra e Lugano. Estávamos atravessando o colo do St. Gottard quando comecei a conversar com a mocinha que estava no banco diante do meu.

- Vejo que vc está lendo um livro de economia.

- Sim, acabei de me formar.

- Trabalho como economista lá no Brasil. Que pretende fazer agora que se formou?...

- Ainda não sei. Que é que você faz?

Comecei a contar sobre os trabalhos comunitários, o desenvolvimento integral, a propriedade social, a autonomia e autogestão, as iniciativas de economia solidária voltadas para a criação de uma nova economia desde o local até o Planeta, os valores da cooperação, da solidariedade, do amor, as moedas sociais, o mercado solidário, os preços solidários, o custo total como meio de eliminar as ‘externalidades’ reavaliando o custo real dos investimentos, a integração regional dos povos, e não dos mercados e das grandes corporações, a visão de uma globalização solidária...

Também falei do trabalho que o PACS faz de crítica do sistema do capital, do mercado dos fetiches, do consumismo, das desigualdades sociais, raciais, de gênero, da destruição dos ecossistemas pela ganância e irresponsabilidade dos que só querem consumir e vender e reduzem a maioria à luta diária ao trabalho pela mera sobrevivência física.

- Caramba, tudo isso é muito bonito, mas totalmente distante do que eu estudei. Não consigo nem imaginar!

Fiquei um momento em silêncio. Senti que precisava encontrar outra forma de me comunicar com o coração dela, e não só com o intelecto. Afinal, me veio uma luz:

- Imagine que antes de você descer deste trem na aldeia da sua família você sente uma grande dor. Uma ambulância é chamada para receber você ao descer do trem, leva você para o hospital e depois dos exames o médico diz: “Você está muito doente, talvez tenha só mais um dia de vida.” Que você faria neste último dia de vida terrena? Com quem gostaria de estar?

A moça ficou estatelada. Como quase todos os jovens, ela não se colocava a possibilidade de morrer. Depois de longo momento de silêncio pensativo ela ensaiou uma resposta:

- Bem... Eu ia ficar com minha família, ia chamar as pessoas de quem gosto e ficar sentindo o carinho e o amor delas.

Então eu falei, pausadamente e com firmeza:

- E por que esperar o último dia da sua vida para viver o carinho e o amor?

De novo, ela ficou como que atordoada. E eu acrescentei:

- A economia solidária pretende ser uma economia do amor em cada troca, em cada ato de produzir, distribuir, consumir. Amor a mim próprio, aos outros e à Terra. Uma economia humana, a serviço da sociedade e em harmonia com a Natureza. Uma economia que gera felicidade em cada Agora...

- Vou pensar sobre isso. Faz sentido mesmo!

E nos despedimos.

Vivido em 1997

Leia mais: A Economia do Amor, por Hazel Henderson

“A natureza é a professora
que dita como as coisas podem
ser feitas neste momento”
Hazel Henderson

sábado, 26 de setembro de 2009

ECOPSICOLOGIA - Espiritualidade e Meio Ambiente



por Marco Aurélio Bilibio - Psicólogo e Teósofo.

“A raiz da crise ambiental está na dimensão psicológica e espiritual”.

“crescimento sem limites vem moldando todo nosso cenário civilizatório, e gerado uma crise que é multidimensional, é uma crise política, é uma crise econômica, porque o modelo econômico não consegue resolver a questão da sobrevivência... mas é também uma crise psicológica, é uma crise existencial, é uma crise espiritual”.

“Estudos contemporâneos concluem que a complexidade da natureza, nos mostram que a vida e a mente emergem de uma história evolucionária de sistemas naturais que culminam numa sequência de sistemas físicos e biológicos, mentais e culturais que nós chamamos de universo”.

(Trechos extraídos deste vídeo)

Extraído do livro “Ecopsicologia, Restaurando a Terra e Curando a Mente” – Theodore Roszak.

A publicação completa está no blog Eco-Consciência.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Conselhos de um mestre Zen



O programa Alternativa Saúde, com Patricya Travassos conversa com o mestre zen budista Mestre Tokuda, que dá dicas de como aliviar o estresse do dia-a-dia e explica como podemos crescer nas horas de sofrimento. Nascido no Japão em 1938, ele vive no Brasil há 41 anos como missionário da escola de budismo Soto Zen.

Programa exibido em 23/09/2009 no GNT

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Equanimidade

(Flor de Lotus, símbolo de equanimidade)

1. Ânimo inalterável, sempre igual, tanto na adversidade como na prosperidade.
2. Espírito sereno, equilibrado.
3. Entendimento correto.

Equanimidade significa serenidade de espírito. É um estado natural e relaxado, a capacidade de experimentar de maneira estável as diferentes situações do mundo físico, das sensações, da mente e dos fenômenos. É caracterizada pela profunda tranquilidade, completamente livre de oscilações.

Nada paga o preço de estarmos felizes por nós mesmos. Alcançando esse estágio, até mesmo os relacionamentos ficam mais “fáceis de lidar”, de pensar usando a razão ao invés do coração. Isso traz uma paz incomensurável.

Equanimidade não significa indiferença. Com equanimidade vemos igualmente aqueles que amamos e aqueles que odiamos e oferecemos o melhor que tivermos para fazer ambos felizes. Aceitamos tanto flores quanto lixo, sem apego nem aversão. Tratamos ambos com respeito. Equanimidade significa deixar ir, não significa abandonar e, sim, soltar, deixar existir. O abandono causa sofrimento. Quando não nos apegamos, somos capazes de soltar.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

No mind, no Buddha!


Mestre Dogen (1200 - 1253) escreveu um pequeno e enigmático poema que diz:

"A mente é em si mesma Buda" - difícil de praticar, mas fácil de explicar.
"Quando não há mente não há Buda (No mind, no Buddha)" - difícil de explicar, mas fácil de praticar. (The Zen Poetry of Dogen: Verses from the Mountain of Eternal Peace, by Steven Heine).

Dogen foi um dos mais brilhantes mestres e poetas do Zen.

Ora, o que ele quis dizer com "A mente é em si mesma Buda"?
Se o Buda é mente significa que a visão de samsara e nirvana intercomunicam-se, ou são a mesma coisa.

Samsara não é o inferno, o sofrimento mundano. Nem nirvana é o céu, o paraíso celestial.

Tudo depende de uma interpretação mental, ou melhor, do tipo de visão que assumimos.
O nosso mundo pode ser visto em sua verdadeira natureza, e aí está o nirvana.
Ou pode ser visto através das distorções de nossos fatores mentais do ódio, do desejo e da obscuridade. E aí temos o samsara.

O mundo não é nem paraíso nem inferno.
Ele é o que nós mesmos fazemos dele.
Nós o construímos. Podemos construir o paraíso e o inferno.

Um dia, dois homens passeavam na orla do mar. O céu estava limpo e no horizonte descortinava o panorama do universo, amplo e luminoso. Mas tinha havido uma prolongada greve dos coletores de lixo da cidade.

- Que lindo dia! - exclamou o primeiro homem.
- Quanta sujeira! - exclamou o segundo homem, sempre de cabeça baixa, olhando o lixo das calçadas.
- Que magnífica paisagem!
- Que fedor!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Agora


"O momento presente
contém todo o passado e o futuro.
O segredo da transformação
está na forma em que lidamos com esse exato momento."

Thich Nhat Hahn

domingo, 13 de setembro de 2009

NADA EXISTE FORA DO AGORA


Toda a essência do Zen consiste em caminhar ao longo do fio da navalha do Agora - estar tão absolutamente e tão completamente presente que nenhum problema, nenhum sofrimento, nada que não seja quem você é na sua essência possa sobreviver em si. No Agora, na ausência do tempo, todos os seus problemas se desfazem. O sofrimento precisa do tempo; não pode sobreviver no Agora. Muitas vezes, para afastar do tempo a atenção dos seus estudantes, o grande mestre Zen, Rinzai, costumava levantar um dedo e perguntar lentamente: "O que é que está faltando neste momento?" Uma pergunta extraordinária que não exige uma resposta ao nível da mente. Destina-se a atrair fortemente a sua atenção para o Agora. Uma outra pergunta semelhante na tradição Zen é a seguinte: "Se não agora, quando?"

Extraído do livro "O poder do Agora" de Eckhart Tolle

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Será que o sofrimento é realmente necessário?


Sim e não.

Se você não tivesse sofrido o que sofreu, não teria profundidade como ser humano, não teria humildade nem compaixão. Não estaria lendo este texto agora. O sofrimento rompe a casca do ego - do "eu" autocentrado - e promove uma abertura até atingir um ponto em que cumpriu sua função.

O sofrimento é necessário até que você se dê conta de que ele é desnecessário.

Eckhart Tolle
é escritor e conferencista.

"O que hoje somos deve-se aos nossos pensamentos de ontem que condicionaram nosso comportamento, e são os nossos atuais pensamentos que constroem a nossa vida de amanhã; a nossa vida é a criação de nossa mente. Se um homem fala ou atua com a mente impura, o sofrimento lhe seguirá da mesma forma que a roda do carro segue ao animal que o arrasta". (Buddha)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Zen e sua influência na cultura japonesa


o Zen, derivado do budismo, seu fim último é atingir a iluminação pessoal através da meditação. Para isso, pode-se praticar exercícios rigorosos, como as artes marciais, para se quebrar o trabalho da mente, eliminando assim, a barreira do consciente, o que conduz à superação da necessidade da palavra. Abole-se o significante concentrando-se apenas no significado, isto é, abandona-se a intermediação do veículo (palavras, imagens) para ficar apenas com a essência. O consciente ativo impede a meditação por estar preso à realidade obstacularizando sua integração com o todo. Ao atingir o estado de pensar sem pensar (não-pensar), pelo esvaziamento da mente, o homem é: está na potência máxima de sua intelectualidade.

Os samurais, fortemente influenciados pelo Zen, foram uma das melhores castas de guerreiros do Japão. Foi um sábio monge zen, no começo do século XVIII, Tsunetomo Yamamoto, ex-samurai, quem escreveu Hagakure, obra de 11 volumes do qual se extraiu a ética do Bushidô (caminho do guerreiro).

Para o budismo zen, uma vez atingida a iluminação, o indivíduo passará a aceitar a realidade imutável dos fatos, pois que nada se modificará no mundo e tudo continuará como está.

A doutrina zen-budista não se aprende, tem de ser incorporada como sua maneira de ser.

A compreensão do mundo e de si, só se faz sendo, por isso, para alguns mestres, é inútil o ensino da doutrina: a sabedoria só pode ser alcançada pela ação, que é a expressão mais verídica de ser.

Para o budismo zen quem não É, não sabe; quem sabe não precisa falar, é naturalmente. Quem É, faz. Ser e fazer são uma só coisa, ação única, inequívoca, harmônica. Apreciar um poema ou o desabrochar de uma flor, manejar uma espada, conhecer uma pessoa, externar uma emoção, são todas exteriorizações do Ser, consequentemente da sabedoria. A sabedoria liga-se à ação. A ação com a essência do Ser, dispensando a intermediação de palavras. O pensamento está retratado nas ações, não nas palavras.

Para o budismo zen a iluminação é sempre pessoal, é reconciliação com o mundo, integração ao todo, ou antes, sentir-se o todo, pois que o todo é si próprio.

Nipocultura

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009

Qual a natureza da raiva?


Para descobrir a nossa verdadeira natureza interior, acredito que de vez em quando deveríamos reservar algum tempo para, em silêncio e com tranquilidade, interiorizar nossos pensamentos e investigar melhor nosso mundo íntimo. Isso pode ajudar. E, também, em outras ocasiões, quando estivermos mito envolvidos em raivas ou fixações negativas, se houver tempo ou possibilidade naquele exato momento, devemos tentar olhar para dentro de nós mesmos e indagar: O que é uma fixação? Qual a natureza da raiva?

(Dalai Lama, O Livro de Dias, Sextante)

sábado, 5 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Vivendo com menos expectativas


Viver com menos expectativas, simplesmente sendo o que É, experenciando esse estado de puro SER, e aceitando as coisas tais como são...

Viver sem expectativas é confiar no caminho natural e ter a certeza de que estamos no caminho certo, de que tudo é como deveria ser, que somos UNO e podemos confiar uns nos outros, pois só podemos dar aquilo que temos em nosso interior.

Vivermos interconectados com o UNIVERSO, por Sermos interdependentes, e estarmos abertos para o NOVO que chega a todo momento.

...é simplesmente fluir, como um rio de águas límpidas.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ilusão da dualidade


Na forma gráfica da apresentação dos ensinamentos da roda da vida, avydia [dualidade] tem por símbolo a imagem de um cego. O cego surge porque, quando uma forma de reconhecimento da realidade se oferece através do processo de avydia, cessa naquele momento todas as outras formas de experimentar a realidade.

Ou seja, ficamos cegos justamente por ver. Quando vemos algo, o fazemos sob certas condições; por aceitar essas condições, excluímos outras possibilidades, ficamos cegos, aprisionados a visões limitadas, sem perceber que isso está ocorrendo.

[...] Ver de forma dual é cegar-se. No Surangama Sutra o Buda diz: "Quando abre os olhos e tem a experiência de ver um mundo circundante, você é um cego contemplando a névoa de sua mente".

Lama Padma Samten, em "A Jóia dos Desejos".

Postado originalmente aqui!