domingo, 29 de janeiro de 2012

Meditação ou Medicamento: Quem irá vencer a insônia?


por Ruth Buczynski, PhD

Imagine um país onde não se depende mais de medicamentos para ajudar a controlar a depressão, dor crônica, ou insônia.

Ultimamente, tenho visto uma tendência em estudos que estão mostrando como a meditação é tão eficaz como medicamento, mas sem efeito colateral.

Este último estudo, conduzido por Cynthia Gross, PhD e seus colegas da Faculdade de Farmácia da Universidade de Minnesota, encontrou indícios de que a meditação pode ser tão poderosa quanto o medicamento Lunesta de prescrição para insônia.

Este estudo randomizado e controlado foi conduzido na Universidade de Minnesota, no centro de saúde onde 30 adultos com diagnóstico de insônia, foram divididos em dois grupos. 20 participantes foram iniciados no curso de formação em Meditação de Plena Atenção durante 8 semanas (meditação baseada na redução do stress), e 10 participantes foram colocados em um regime diário de 3mg de eszopiclone (Lunesta).

O pessoal do curso de Meditação de Plena Atenção tinha uma sessão de uma hora 2,5 por semana durante oito semanas, um retiro de dia inteiro, e foram fornecidos trabalhos de casa, organizados para ajudá-los a manter o foco em suas práticas de atenção plena.

A qualidade do sono dos participantes foi medida usando o Índice de Gravidade da Insônia, o Pittsburgh Sleep Quality Index, e diários de sono. Estes testes foram realizados antes e após as primeiras oito semanas e novamente três meses após o estudo.

Os resultados mostram que a atenção plena e a medicação antes de dormir tiveram resultados comparáveis em várias medidas - tempo total de sono, quanto tempo levou para que os participantes adormecessem, e eficiência do sono (porcentagem de tempo gasto adormecido em relação ao tempo total na cama).

De fato, após 8 semanas de treinamento, o grupo da Meditação de Plena Atenção adormeceu mais rapidamente do que o grupo de medicação, e isso ainda era comprovado no terceiro mês. Além do mais, alguma das melhorias na qualidade do sono continuou a aumentar com o tempo.

Quanto mais nós mostramos o valor da consciência plena, pessoas mais dispostas podem optar por esta alternativa da meditação, já que não tem um esmagador custo a saúde e os encargos dos medicamentos.

(Atenção: isto NÃO significa que as pessoas devem parar de tomar a medicação, já que o seu médico de confiança deve sempre ser consultado antes de alterar regimes de medicação).

Tradução livre do original aqui.



sábado, 14 de janeiro de 2012

O que acontece "Quando Tudo se Desfaz"?

Pema Chödrön

A diferença entre teísmo e não-teísmo não está em acreditar ou não em Deus. Essa é uma questão que se aplica a todos, incluindo budistas e não-budistas. O teísmo é uma arraigada convicção de que existe uma mão na qual segurar: se fizermos a coisa certa, alguém vai nos dar valor e cuidar de nós. Isso é o mesmo que achar que haverá sempre uma babá disponível quando precisarmos de uma. Todos nós temos a tendência a fugir das responsabilidades e delegar nossa autoridade a algo exterior a nós. Não-teísmo é relaxar na ambiguidade e incerteza do momento presente, sem buscar algo que nos proteja. Às vezes, achamos que o dharma é externo – algo em que acreditar, algo que devemos atingir. Entretanto o dharma não é uma crença ou dogma. É a total apreciação da impermanência e da mudança. Os ensinamentos desintegram-se quando tentamos agarrá-los. É preciso experimentá-los sem expectativas. Muitas pessoas corajosas e compassivas já o experimentaram e transmitiram. A mensagem é destemida – o dharma nunca representou uma crença que seguimos cegamente. Ele, em absoluto, não nos dá nada a que possamos nos apegar.








Trecho extraído do livro "Quando Tudo Se Desfaz" de Pema Chödrön.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Porque a molécula de emoção está ligada ao amor e à afeição


EMOÇÕES EM MOLÉCULAS

por Caco de Paula

Três pessoas ficam presas num elevador. Uma delas tem um chilique. A segunda está sob controle, mas sofre um ataque de ansiedade logo após ser resgatada. A terceira permanece calma durante todo o episódio. A diferença no comportamento delas é a avaliação interna que fazem desse evento estressante. Segundo estudos sobre a relação entre psicologia e biologia, como os feitos pelo Instituto de Medicina para o Corpo-Mente da Universidade Harvard, o problema aí não é o estresse, mas a resposta que se dá a ele.

A medicina “corpo-mente” ensina que a chave está na resposta de relaxamento. O estímulo de determinadas emoções pode inundar as células de hormônios e neurotransmissores que permitem relaxar diante de situações estressantes. Esse é um dos pilares da biopsicologia, que alia abordagens científicas, como a psiconeuroimunologia, a conceitos orientais, como a medicina ayurvédica. “Está tudo em nossas mentes”, diz a antropóloga, doutora em psicologia e monja Susan Andrews, autora de Stress a Seu Favor (Ágora). Desde 1992 ela vive na ecolvila Ecológico Visão Futuro, ecovila fundada por ela em Porangaba, São Paulo.

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sábado, 7 de janeiro de 2012

O Zen de Steve Jobs


Muitos não sabem mas Steve Jobs estudou o zen budismo durante alguns anos com o monge Kobun Chino Otogawa e utilizou como inspiração para o design e estética dos produtos Apple.

Motivado por essa informação o jornalista Caleb Melby em parceria com a Forbes e a produtora JESS3 criou uma história em quadrinhos de 80 páginas – a The Zen Of Steve Jobs em produção desde a primavera de 2011. Com a morte de Jobs o projeto tornou-se ainda mais significativo, sendo finalizado em Dezembro e já disponível em livrarias incluindo making off e capas alternativas.





O livro "The Zen of Steve Jobs" é centrado na remontagem da amizade entre Steve Jobs e Kobun Chino Otogawa, e cobre histórias que vão de 1970 a 2011, mas está focado no período em torno do ano de 1985, quando Steve estudou intensivamente com o monge Kobun após sua saída da Apple (antes de voltar, nos Anos 90). Jobs fez vários retiros e sentou diversas vezes em Zazen no San Francisco Zen Center de Tassajara (CA), e não era apenas um estudioso ou apreciador amador da escola budista. A mais recente biografia de Steve Jobs, de Walter Isaacson, também contém passagens importantes contando a influência e a vida de Steve Jobs com o Zen-Budismo.

No vídeo o autor e outros colaboradores da obra falam sobre o livro.

Legendas dharmalog.com