segunda-feira, 31 de março de 2008

Chá nas refeições


Uma curiosidade oriental é o motivo da xícara de chá não terem alça naquela região do mundo: se você consegue segurar com as mãos, é porque a temperatura do chá está apropriada para consumo. Se queimar as mãos e não conseguir segurar, é porque pode fazer mal... Isso deve ser assim mesmo, pois normalmente, em termos de saúde, os chineses sabem das coisas.

Os chineses e os japoneses bebem chá quente (de preferência, chá verde) durante as refeições, nunca água gelada ou bebidas geladas. Líquidos gelados durante e após as refeições solidificam os componentes oleosos dos alimentos, retardando a digestão. Reagem com os ácidos digestivos e serão absorvidos pelo intestino mais depressa do que os alimentos sólidos, demarcando o intestino e endurecendo
as gorduras, que permanecerão por mais tempo no intestino. Daí o valor de um chá morno ou até água morna depois de uma refeição. Facilita a digestão e amolece as gorduras para serem expelidas mais rapidamente, o que também ajuda no emagrecimento.

“A vida é um sopro”

"O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam, o tempo é eternidade".

William Shakespeare.


Ao completar cem anos de vida, o arquiteto disse:

“A vida é um sopro”. (Oscar Niemeyer).

domingo, 30 de março de 2008

Me arrependo de coisas que disse



"Me arrependo de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio".




Pense em alguém poderoso.

Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo? Lobos não gritam. Eles têm uma aura de força e poder. Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.

Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.

O erro não dito é um silencioso correto.

Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis. Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota. Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.

Lembre-se
de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.

Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade. Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal. Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.

Você pode escolher o silêncio.

Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: "me arrependo de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio”.

Durante os próximos sete dias, responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use principalmente o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.

Aldo Novak.

sábado, 29 de março de 2008

IMPERMANÊNCIA

Reflita sobre isto: a realização da impermanência é paradoxalmente a única coisa que podemos manter, talvez nosso bem último. É como o céu ou a terra. Não importa quanto tudo mude ou se dissolva à nossa volta, a terra e o céu permanecem. Suponhamos que nos envolva uma profunda crise emocional... ou toda nossa vida esteja desabando... ou que a pessoa amada vá embora sem qualquer aviso. A terra e o céu estão lá, onde estiveram sempre. É claro, mesmo a terra treme uma ou outra vez, para nos lembrar que nada é certo ou garantido...

Até Buda morreu. Sua morte foi um acontecimento para chocar o ingênuo, o indolente, o complacente, despertando-nos para a verdade de que tudo é impermanente...

Toda interação subatômica consiste na aniquilação das partículas originais e na criação de novas partículas subatômicas. O mundo subatômico é uma dança sem fim de criação e aniquilação, de matéria transformando-se em energia, e de energia transformando-se em massa. Formas transitórias faíscam dentro e fora da existência, engendrando uma realidade sem fim, para sempre recriada.

O que é nossa vida senão uma dança de formas transitórias? Não está tudo sempre mudando: as folhas nas árvores do parque, a luz em seu quarto enquanto você lê este livro, as estações, o clima, as horas do dia, as pessoas passando por você na rua? Os amigos com os quais crescemos, os fantasmas de nossa infância, o pontos de vista e opiniões que uma vez defendemos com tamanha e sincera paixão: deixamos tudo isso para trás. Agora, neste instante, ler este texto parece a você vividamente real. Mas estas mesmas palavras não serão, dentro em pouco, mais que uma lembrança.

As células do nosso corpo estão morrendo, os neurônios do nosso cérebro estão se deteriorando. Até a expressão em nosso rosto está sempre mudando, dependendo do nosso humor. O que nós chamamos de nossa personalidade básica é apenas um “fluxo mental”, nada mais. Hoje nos sentimos bem porque as coisas estão indo bem; amanhã sentiremos o contrário. Para onde foi esse sentir-se bem? Novas influências tomaram conta de nós à medida que as circunstâncias mudaram: somos impermanentes, as influências são impermanentes, e não há em parte alguma algo sólido ou duradouro a ser apontado.

O que pode ser mais imprevisível do que nossos pensamentos e emoções: você tem qualquer idéia do que vai pensar ou sentir nos próximos minutos? Nossa mente, de fato, é tão vazia, tão impermanente e transitória quanto um sonho. Olhe para um pensamento, como ele vem fica e vai. O passado é o passado, o futuro ainda não surgiu, e mesmo o pensamento presente, como nós o experimentamos, torna-se logo o passado.

A única coisa que realmente temos é o presente, é o agora.

Texto extraído de O Livro Tibetano do Viver e do Morrer” de Sogyal Rimpoche.

sexta-feira, 28 de março de 2008

"Apetite intelectual"

Assim como a mera menção do nome do alimento não satisfaz o apetite da pessoa faminta, mas ela precisa comer, também assim alguém que aprenda sobre a Consciência Universal precisa meditar para ter sua realização, e não apenas conhecer sua definição.

Milarepa (1052 - 1135).

quinta-feira, 27 de março de 2008

Vegetarianos protestam contra gripe aviária

Ativistas vestidos de ave e com máscaras de gás mostram cartaz nos arredores do edifício onde ocorre a Sexta Cúpula Internacional sobre Gripe Aviária em Nusa Dua, na Indonésia. Nesta quinta-feira (27/03), médicos informaram a morte de um menino de 15 anos com suspeita da doença.

Fonte: Portal G1.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A paz está dentro de você

"A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta."

"Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar em alguém. É sempre quem levanta a pedra que se queima."

Buddha
Siddhartha Gautama, príncipe que viveu no reino de Shakya, 563 a.C.-483 a.C.

terça-feira, 25 de março de 2008

Comendo bem, comendo menos

Algumas pessoas se refugiam na comida para compensar as tristezas e a depressão. Comer demais pode criar dificuldades para o aparelho digestivo, contribuindo para o surgimento da raiva. Também pode gerar um excesso de energia que se transforma na energia da raiva, do sexo e da violência, se não soubermos lidar com ela.

Quando comemos bem, comemos menos. Precisamos apenas da metade dos alimentos que ingerimos diariamente. Para comer bem, devemos mastigar a comida por cerca de cinqüenta vezes antes de engolir. Quando comemos bem devagar e transformamos o alimento que está na nossa boca numa pasta líquida, absorvemos muito mais os elementos nutritivos através do intestino. [...]

Comer é uma prática profunda. Quando como, aproveito cada porção da minha comida. Tenho consciência da comida, consciência do que estou comendo. Podemos praticar o comer consciente – saber o que estamos o que estamos mastigando. Mastigar a comida com muito cuidado e alegria. [...] Quando comemos conscientemente, não estamos ingerindo ou mastigando nossa raiva, ansiedade ou projetos. Estamos mastigando a comida que outras pessoas prepararam com amor, e isso, além de ser extremamente agradável, no faz muito bem.

[...]

Quando o alimento se torna líquido, misturado com saliva, ele já está semidigerido, e quando chega ao estômago e ao intestino, a digestão se torna extremamente fácil. [...] Quando você come dessa maneira, ingere naturalmente uma quantidade menor de alimentos.

Muitos de nós em Plum Village – nosso centro de prática na França – experimentamos essa maneira de comer e mastigar conscientemente, bem devagar. Tente comer desse modo. Vai ajudar seu corpo a se sentir muito melhor, o que será excelente para seu espírito e sua consciência.

[...] Se você conseguir comer dessa maneira, comprará menos alimentos e assim poderá comprar alimentos cultivados organicamente, que são mais caros, incentivando os agricultores que fizeram a opção de cultivá-los.

Thich Nhat Hanh, Aprendendo a lidar com a Raiva, Sabedoria para a Paz Interior, Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2003.

Publicado originalmente no blog para ser zen.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Se - (Hermógenes)

Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia...

Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas...

Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser...

Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo...
Se algum ressentimento,

Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar,

E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou...

Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio...

Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu...

Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia...

Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende...

Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim...

Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,
E eu neles ainda acredito...

Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir,
Multiplicar,
E reter
Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz...

Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou...

Se, ao fim de meus dias,
Continuar
Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que,
Dentro de mim,
Eu Sou,
Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos, Os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.

Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.
Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta.




Poema: SE
Autor: Hermógenes

“Deus me livre de ser normal”!

domingo, 23 de março de 2008

É possível desenvolver a Equanimidade

Equanimidade significa serenidade de espírito, e pode ser desenvolvida através da meditação. Equanimidade é um estado natural e relaxado, a capacidade de experimentar de maneira estável as diferentes situações do mundo físico, das sensações, da mente e dos fenômenos. É caracterizada pela profunda tranqüilidade, completamente livre de oscilações. Ajuda a desenvolver uma mente equilibrada, livre de sentimentos de aversão e apego fortes, os quais são a fonte da maioria dos nossos sofrimentos.

Nada paga o preço de estarmos felizes por nós mesmos. Alcançando esse estágio, até mesmo os relacionamentos ficam mais fáceis de se lidar, de pensar usando a razão ao invés do coração. Isso traz uma paz incomensurável.

PARLAMENTO EUROPEU AMEAÇA CHINA COM BOICOTE ÀS OLIMPÍADAS

Junto com UE, governo Alemão pede que os chineses dêem uma explicação para os acontecimentos no Tiebte

BERLIM - O presidente do Parlamento Europeu, o alemão Hans Gert Pöttering, ameaçou a China com boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim, neste sábado, 22, devido a forte repressão contra a população tibetana, e pediu ao governo chinês que negocie com o dalai-lama.

"Não podemos descartar um boicote às Olimpíadas. Queremos que os Jogos se realizem com sucesso, mas não se o preço para isso for um genocídio cultural dos tibetanos de que fala o dalai-lama", disse o político conservador, em declaração que será publicada neste domingo no jornal alemão Bild am Sonntag.

"Pequim deve se decidir e negociar imediatamente com o dalai-lama. Se não perceber sinais de aproximação, considerarei legítimas as medidas de boicote", afirmou Pöttering.

O presidente do Parlamento anunciou que, na próxima quarta-feira, será abordada na Câmara européia a situação do Tibete e disse que aconselhará os países da União Européia (UE) a "se pronunciarem com uma só voz pela defesa dos direitos humanos".

Pöttering lembrou que a China é "um importante parceiro para a Europa em questões como defesa do meio ambiente" e destacou a importância da cooperação em "interesse mútuo".

"Mas o povo tibetano não deve ser sacrificado em prol disso, porque perderíamos nossa auto-estima", concluiu o político, da União Democrata-Cristã (CDU), mesmo partido da chanceler alemã Angela Merkel.

Prestação de contas

O governo de Berlim deu prazo para que a China preste contas sobre o que aconteceu no Tibete. Segundo o ministro de Assuntos Exteriores alemão, Franz Walter Steinmeier, a China deve ser mais aberta à opinião pública, sobretudo com a proximidade dos Jogos Olímpicos.

"Fazer espetáculos brilhantes para a televisão enquanto no próprio país reina o caos, é algo que já não pode acontecer hoje em dia", disse Steinmeier, em declarações ao jornal alemão Bild.

As declarações de Steinmeier acontecem em um momento em que a Alemanha acaba de voltar a uma certa normalidade em suas relações com a China, após as tensões surgidas devido a reunião de Merkel com o dalai-lama, no ano passado. A reunião na chancelaria tinha agitado Pequim, que durante meses, evitou contato com representantes do governo alemão.

Veja também:

Sobe número de manifestantes tibetanos procurados pela China

China admite que protestos se espalharam para fora do Tibete

China diz que enfrenta 'luta de vida ou morte'

Entenda os protestos no Tibete

Fonte: O Estado de S. Paulo

sábado, 22 de março de 2008

A raiva no cardápio


A raiva, a frustração e o desespero que sentimos têm muita relação com o nosso corpo e com os alimentos que ingerimos. Precisamos, portanto, cuidar bem da nossa alimentação para nos protegermos contra a raiva e a violência. A maneira como cultivamos os alimentos, o tipo de comida que ingerimos e o modo como comemos podem trazer a paz e aliviar o sofrimento.

Nossa comida desempenha um papel muito importante na raiva que sentimos. Os alimentos podem conter raiva. Quando comemos a carne de um animal que estava com a doença da vaca louca, a raiva está presente nessa carne. Esta é uma constatação óbvia, mas precisamos também prestar atenção nos outros tipos de alimentos que ingerimos. O ovo ou o frango que comemos também podem conter uma grande quantidade de raiva. E, se comermos a raiva, expressamos a raiva.

Hoje em dia, as galinhas são criadas em larga escala em fazendas onde não podem andar, correr e ciscar. São alimentadas exclusivamente pelos seres humanos e mantidas em pequenas gaiolas sem poder se mexer, sendo obrigadas a ficar de pé noite e dia. Pense na possibilidade de você não ter o direito de andar ou correr. Imagine ter que permanecer noite e dia no mesmo lugar. Você enlouqueceria. É isso o que acontece com as galinhas: ficam loucas.

Para que as galinhas produzam mais ovos, criam-se o dia e a noite artificiais, usando uma iluminação com o objetivo de fazer dias e noites mais curtos, para que as galinhas ponham mais ovos. Essas aves acumulam muita raiva, frustração e sofrimento, e expressam esses sentimentos atacando as galinhas que estão perto delas, usando o bico para ferir as outras. Com isso elas sangram, sofrem e morrem. Para evitar que a frustração faça com que as galinhas ataquem umas às outras, os criadores agora partem seus bicos.

Pense nisso: quando você come a carne ou o ovo de uma dessas galinhas, está ingerindo raiva e frustração. Preste atenção. Tome cuidado com o que você come. Se ingerir raiva, você terá e expressará raiva. Se comer desespero, sentirá e manifestará desespero. Se engolir frustração, expressará frustração.

Temos que comer ovos alegres de galinhas felizes. Precisamos beber um leite que não venha de vacas raivosas. Deveríamos tomar o leite orgânico de vacas criadas de um modo natural. É preciso haver um grande movimento que estimule e apóie os fazendeiros, encorajando-os a criarem seus animais da maneira mais respeitosa possível. Também precisamos comprar legumes e verduras cultivados organicamente.

Thich Nhat Hanh, Aprendendo a lidar com a Raiva, Sabedoria para a Paz Interior, Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2003.

Publicado originalmente no blog para ser zen.

sexta-feira, 21 de março de 2008

História do Tibet

Em 1949, começou a ocupação chinesa no Tibet. Dez anos depois, um levante tibetano não teve sucesso e o governo comunista consolidou sua invasão. Aproximadamente 1,2 milhão de tibetanos morreram.

Os Olhos

O problema começa quando, ao nascermos, abrimos os olhos pela primeira vez e vemos o mundo: desde então, passamos a buscar as bases da nossa felicidade e as causas do nosso sofrimento do lado de fora.

E não é lá que estão; não é de lá que vêm, vieram ou virão. Enquanto isso, apenas pratique a meditação.



Para ler mais sobre esta percepção, por favor acesse a postagem referente a um trecho de Jean-Jacques Rousseau que marcou o final da minha adolescência, Mais sábios do que outros, que te remeterá ainda a outras duas das postagens mais fundamentais deste blog, de Santa Teresa D'Ávila e Thich Nhat Hanh.


Publicado originalmente no blog para ser zen.

quinta-feira, 20 de março de 2008

"A Arte da Felicidade”

[...] Quando você mantém um sentimento de compaixão, bondade e amor, algo abre automaticamente sua porta interna. Com isso, você pode se comunicar facilmente com as outras pessoas. E esse sentimento de calor cria uma espécie de abertura. Você descobre que todos os seres humanos são iguais a você e se torna capaz de relacionar mais facilmente com eles. Isso lhe confere um espírito de amizade. Então há menos necessidades de escolher as coisas e, conseqüentemente, sentimentos de medo, dúvida e insegurança se dissipam naturalmente.

Extraído do livro: “A Arte da Felicidade”, Dalai Lama.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Simplesmente Hermógenes


“Pratiquem com o espírito de criança! Mais livres, com poucos julgamentos, observando tudo com encantamento.”

“Fui aprendendo de mansinho a viver de forma suave e a aceitar de forma positiva as dificuldades que a vida me impõe, para poder transformá-las em aprendizado.”

“Descobri que o corpo não pode ser visto como outra coisa senão como um meio para se chegar a uma sabedoria maior.”

“O egoísta ri quando seus apegos e desejos são satisfeitos e, na mesma medida, se deixa abater com o que não gosta. Atrás de tudo há um ego querendo poder, prazer e status. O resultado é uma desgraceira geral. Só podemos vencer essa doença por meio da ‘humildação’. Quando nos humildamos, reduzimos o ego e ficamos mais pertinhos uns dos outros.”

“Yoga é independência, é sentir-se bem e feliz em si mesmo, quando fazemos o caminho de volta para casa, momento em que nos unimos à nossa esfera mais sagrada.”

“Temos mania de achar que possuímos as coisas e as pessoas. Uma tremenda ilusão. Quando percebemos isso, a vida fica mais leve.”

“Rir relaxa os músculos e estimula o sistema imunológico do corpo.”

Acesse a matéria completa aqui:

Professor do espírito
As lições de vida de um homem que fez repercutir com humildade a filosofia do yoga no Brasil.


TIBET - Apoio ao Dalai Lama


Olá,

Acabei de assinar uma petição urgente pedindo para o governo chinês ter cautela e respeito pelos direitos humanos no Tibet, e para eles abrirem o diálogo com o Dalai Lama. A crise no Tibet está séria, por isso precisamos participar dessa campanha. Basta clicar no link para assinar a petição.

Depois de quase 50 anos de domínio chinês, os tibetanos estão demandando mudanças. Enquanto a violência se espalha no Tibet e na região, o governo chinês decide entre, aumentar a repressão ou se abrir para o diálogo. O futuro do Tibet está sendo decidido agora e nós podemos afetar essa decisão.

No ano das Olimpíadas de Pequim a China está preocupada com a sua reputação internacional. Eles querem mostrar uma China moderna, uma potência global respeitada pelo mundo. Mas Olimpíadas e violência não combinam e a China precisa decidir qual imagem vai passar para o mundo.

Podemos chamar a atenção do governo chinês para fazer a escolha certa em relação ao Tibet, mas para isso precisamos de uma avalanche de apelos de todas as partes do mundo. Clique abaixo para assinar a petição para o Presidente Hu Jintao pedindo cautela no Tibet e diálogo com o Dalai Lama. Divulgue para seus amigos. Essa petição foi organizada pela Avaaz, eles querem levantar 1 milhão de assinaturas para entregar a petição para autoridades chinesas.

Dê o seu apoio aqui!

Obrigado pela ajuda!

terça-feira, 18 de março de 2008

Você acredita numa vida depois desta?

Sempre me intrigou que alguns mestres budistas que eu conhecia fizessem uma simples pergunta às pessoas que se aproximavam deles buscando ensinamento: "Você acredita numa vida depois desta?".

Não se trata de saber se a pessoa acredita nisso como uma proposição filosófica, mas se sente isso no fundo do seu coração. O mestre sabe que, se alguém acredita numa vida futura, sua visão de mundo será diferente e terá um outro sentido de responsabilidade e moralidade pessoal.

O que os mestres suspeitam é que aqueles que não têm uma crença firme numa vida após a morte, vão criar uma sociedade fixada em resultados a curto prazo, sem qualquer preocupação com as consequências dos seus atos.

Seria essa a principal razão pela qual criamos um mundo brutal como este em que vivemos, um mundo em que a verdadeira compaixão está quase ausente?

Sogyal Rinpoche, em "O Livro Tibetano do Viver e do Morrer".

segunda-feira, 17 de março de 2008

Parar de Correr

Na nossa vida diária, temos o hábito de correr. Buscamos paz, sucesso, amor, Deus - estamos sempre correndo - e nossos passos são o meio para fugirmos do momento presente. Deus está disponível somente no momento presente. Dar um passo e tomar refúgio nele significa parar de correr. Para aqueles que estão acostumados a estar sempre correndo é uma revolução dar um passo e parar de correr. Damos um passo e, se soubermos como dar este passo, a paz e Deus estarão disponíveis no momento em que tocarmos a terra com nossos pés.

Originalmente postado no blog Thich Nhat Hanh.

domingo, 16 de março de 2008

Um mestre, duas respostas

Zilu perguntou: “quando devo colocar em prática as coisas que aprendi?”
Confúcio respondeu: “ainda estou lhe ensinando. Por que esta impaciência de colocar algo em prática? Espere a hora certa”.
No momento seguinte, Gongchi perguntou: “quando devo colocar em prática as coisas que aprendi?”
“Imediatamente”, respondeu Confúcio.
“Mestre, o senhor não age com justiça”, reclamou Zilu. “Congchi sabe tanto quanto eu, e o senhor não o proibiu de agir.”
“Um bom pai conhece a essência de seus filhos”, disse Confúcio. “Ele freia aquele que é ousado demais, e empurra o que não sabe andar com as próprias pernas”.

sábado, 15 de março de 2008

Beber Chá

Temos que estar totalmente despertos para apreciar o chá como deve ser. Temos que estar no momento presente. Apenas com a consciência no presente, as nossas mãos podem sentir o agradável calor da xícara em nossas mãos. Apenas no presente podemos apreciar o aroma, sentir a doçura e saborear a delicadeza. Se estamos a lembrar o passado ou preocupados com o futuro, perdemos por completo a experiência de apreciar o prazer de um bom chá. Olharemos para a xícara e o chá terá já terá terminado.
A vida é assim. Se não estamos totalmente no presente, quando olharmos à nossa volta esta terá desaparecido.
Quando pararmos de pensar no que já aconteceu, quando pararmos de nos preocupar com o que poderá nunca vir a acontecer, então estaremos no momento presente. Só então começaremos a experimentar a alegria de viver...

Ensinamento Zen.

sexta-feira, 14 de março de 2008

O Sábio Moderno


O sábio moderno usa calça jeans,
Disfarça-se diante da mediocridade, com seus motivos...
E ressalta-se perante a oportunidade.
Ele sabe do passado da humanidade.

O sábio moderno usa seu relógio,
Sabe que os outros correm atrás dele,
Correm tanto que até morrem mais rápido...

Esse moderno ser medita,

Ele usa o dinheiro, com sua sabedoria,

Constrói impérios... de amigos,
Estes que preenchem as faltas de habilidades do sábio,
que tem profunda consciência dos seus pontos fracos,

O moderno sábio usa computador,
Mas não vive por ele...

Tem seus interesses,
E usa desse impulso para unir-se aos outros e construir!

Sabe viver sozinho.

Este indivíduo tem celular,
Adapta-se, muda, destrói, renova, quebra paradigmas...

Usa óculos escuro, vai a praia, ao banco, viaja...
Vive intensamente e consciente, pra que cada segundo se transforme em experiência.

Ensina, porque gosta e aprende mais,

Deixará sua contribuição para humanidade, mesmo que não escreva...

Recria o Universo através de suas relações,

Faz revolução silenciosa,
Muda o mundo, (o seu)
Pelo exemplo

E por isso é sábio! Em qualquer época!

Se nascesse novamente, no futuro ou no passado,
Seria sábio...

Ele vai além desta tela,
Dessas palavras... e vê!
Não com os olhos, a ideia, e conecta-se, identifica-se e talvez se revele:

Como o mais novo sábio moderno...



Postado por Ricardo Melo.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Mais Devagar

Um jovem atravessou o Japão em busca da escola de um famoso praticante de artes marciais. Chegando na escola do grande mestre, foi recebido em audiência pelo Sensei.

- O que você quer de mim? Perguntou-lhe o mestre.
- Quero ser seu aluno e tornar-me o melhor karateca do país. Quanto tempo preciso estudar?
- Dez anos, pelo menos.
- Dez anos é muito tempo respondeu o rapaz. E se eu praticasse com o dobro da intensidade dos outros alunos?
- Vinte anos.
- Vinte anos! E se eu praticar noite e dia, dedicando todo o meu esforço ?
- Trinta anos.
- Mas, eu lhe digo que vou dedicar-me em dobro, e o senhor me responde que a duração será maior?
- A resposta é simples. Quando um olho está fixo aonde se quer chegar, só resta um para se encontrar o caminho.

Sabedoria zen.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Controlando a raiva

Há uma história que ilustra bem o que é ter capacidade de estar em paz consigo mesmo. Conta-se que certo dia um grupo de pessoas raivosas se aproximou de Buda e começou a ofendê-lo. A cada impropério que eles diziam, Buda perguntava: “E do que mais vocês não gostam em mim?” Depois de nova ofensa, ele olhava as pessoas com maior interesse e ouvia tudo em silêncio respeitoso até que após algum tempo disse ao grupo: “Vocês me desculpem, eu preciso sair porque tenho um compromisso. Mas gostaria de marcar outro encontro com vocês amanhã para continuar a desabafar".

As pessoas ficaram surpresas e uma delas perguntou: “Buda, o que está acontecendo? Nós o estamos ofendendo há algumas horas, você nos ouve com o maior interesse e ainda pede que voltemos amanhã para continuar com nossas ofensas? Pensamos que você fosse brigar conosco”.

Buda então respondeu: “Vocês chegaram dez anos atrasados. Antes eu realmente reagia ao que as pessoas faziam ou diziam. Mas agora consigo agir baseado em minha consciência, e não nas ações dos outros”.

Extraído do livro “O Poder da Solução" – Roberto Shinyashiki.

terça-feira, 11 de março de 2008

Vontades e manias

A compreensão de que nossas vontades e manias são uma forma de prisão, e não de liberdade, é o primeiro passo para sua superação. A observação desse mecanismo é, em si mesma, uma poderosa forma de libertação”.

Lama Samten (Físico - budista).

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sobre transitoriedade

"Quanto à beleza da Natureza, cada vez que é destruída pelo inverno, retorna no ano seguinte, de modo que, em relação à duração de nossas vidas, ela pode de fato ser considerada eterna. A beleza da forma e da face humana desaparece para sempre no decorrer de nossas próprias vidas; sua evanescência, porém, apenas lhes empresta renovado encanto."

Sigmund Freud, Sobre a transitoriedade, 1916.

Para onde vai a "beleza da Natureza"?

Postado por Lucas Seigaku na lista ZenSul.


domingo, 9 de março de 2008

“Olhai os lírios do campo”!


O Sermão da Montanha, é uma das citações mais conhecidas da Bíblia. Faz parte de um dos mais belos momentos vividos pelos discípulos na companhia de Jesus. A essência de seu discurso envolvia a questão da ansiedade das pessoas, já naquele tempo, com a sobrevivência, com o vestir, o ter, o exibir. Na sua palavra, Jesus exortava os presentes no sentido de não se angustiarem tanto com as necessidades do dia a dia. Muito sabiamente, Jesus já preparava as pessoas daquele tempo – e dos tempos atuais – a respeito da importância de preservar sua qualidade de vida, não permitindo a ocupação da mente com pesos em excesso nem com uma configuração de vida super avaliada nos valores materiais. Aliás, Jesus também deu uma certa importância às demandas materiais de nossas vidas, deixando bem claro, porém, de que nossa preocupação com essas coisas deveria caminhar até um certo limite. A partir daí.........

As palavras de Jesus lastreiam também uma afirmação de fé. No momento em que fez essa afirmação na Palestina e nos campos, rigorosamente, não havia lírio algum. Jesus tencionava, assim, puxar pela mente das pessoas, fazendo-as lembrar de que, apesar da geografia árida, seca que elas tinham diante de si, existia sempre a perspectiva de um tempo de beleza, de fartura, de provisão. Ou por outra: mesmo quando a vida está em baixa, com predominância da dor, da incerteza, da amargura, existe sempre a perspectiva de surgir o outro lado da medalha, pois nada é definitivamente permanente. E, através do bom combate, um novo tempo poderá ser alcançado. À frente de Jesus as pessoas estavam confusas. Como "enxergar lírios belíssimos", de uma textura exuberante, em meio à secura de um período de verão? Ou como enxergar uma nova realidade de vida diante da escravidão materializada na presença do domínio opressor romano?

“Olhai os lírios do campo”! Ao fazer tal afirmativa, Jesus queria enlarguecer nossa visão, ampliar nossos horizontes. Acordarmos. Sabe-se que no campo existem armadilhas contra a vida. As aves de rapina, os répteis, os rigores do inverno, o calor inclemente do verão. Os predadores, os animais de grande porte, as ervas daninhas.... Apesar disso tudo, os lírios também surgem, emoldurando com sua beleza uma nova realidade. O problema é quando o campo – em síntese, na ótica de Jesus, uma alegoria da vida, do mundo – é visualizado somente através das grossas lentes do negativismo gratuito. Apesar de todas as adversidades da vida, há sempre a presença de algo belo a ser visto, focalizado, priorizado. E que, diante de um vastíssimo leque de sentimentos que a vida nos impõe, tais como o egoísmo, o individualismo, a soberba, a arrogância, há sempre a chance de cultivarmos o belo, o frutífero, o substancial, o edificante aqui e agora... neste momento...

Há momentos na vida em que a mente se fecha. O horizonte divisado vai somente um pouco além das agruras do dia a dia. O belo da vida se perde diante da feiúra do contexto da existência. É preciso romper essa linha divisória que demarca a tristeza da alegria, a angústia da paz, o caos da ordem, da serenidade, da esperança. Quando o campo da existência está recheado de abutres, répteis e ervas daninhas, é necessário se crer que, mesmo num campo assim, a semente do lírio está lá, latente, pronta a brotar – a se fazer presente. A irradiar a vida com a variedade de suas cores, a emergir bela, firme, altaneira em meio à aridez da geografia social da atualidade. “Olhai os lírios do campo” é em sua essência uma receita sábia de vida. Ou por outra, uma concepção ideal de vida para quem deseja enxergar a realidade atual como algo MAIS do que um mero passar de dias.

“Vos preocupeis demasiado pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo.” Jesus Cristo.

sábado, 8 de março de 2008

O Sonho

Certa vez o mestre taoísta Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta, voando alegremente aqui e ali.
No sonho ele não tinha mais a mínima consciência de sua individualidade como pessoa. Ele era realmente uma borboleta.
Repentinamente, ele acordou e descobriu-se deitado ali, um pessoa novamente.
Mas então ele pensou para si mesmo:
"Fui antes um homem que sonhava ser uma borboleta, ou sou agora uma borboleta que sonha em ser um homem?"

É nesse sentido, que estamos dormindo... embora acreditemos que estejamos, de fato, acordados.

sexta-feira, 7 de março de 2008

A Lua não pode ser roubada



Ryokan, um mestre zen, vivia o tipo mais simples possível de vida em uma pequena cabana no sopé de uma montanha. Uma noite, um ladrão visitou a cabana e surpreendeu-se ao descobrir que não havia nada nela para ser roubado.

Ryokan voltou e surpreendeu-lhe.

- Você provavelmente veio de longe para “me visitar” - disse ele ao gatuno - E não deve voltar com as mãos vazias. Por favor, tome minhas roupas como um presente.

O ladrão ficou completamente desnorteado. Ele pegou as roupas e escapuliu.
Ryokan sentou-se nu, observando a lua.

-Pobre rapaz... - ele pensou -
"Gostaria de poder dar-lhe esta bela lua."

Conto Zen.

Não se pode roubar nada de quem não cultiva apegos e desejos.

quinta-feira, 6 de março de 2008

A Vida retribuie e transfere...

A vida não dá nem empresta;
não se comove nem se apieda...
Tudo quanto ela faz é
Retribuir e transferir...
Tudo aquilo que nós lhe oferecemos.

Albert Einstein.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Jovem aprendiz (cerimônia do chá)


Um jovem oriental chamado Rikyu, lá no século 15, quis aprender a cerimônia do chá. Para testá-lo, o mestre mandou que varresse o jardim. Feliz, ele se lançou ao trabalho. Ao terminar, com o chão sem uma folhinha, o moço chacoalhou uma cerejeira e algumas flores se espalharam entre as pedras cuidadosamente ajeitadas. Rikyu foi aceito no mosteiro porque captou a essência do que seja wabi sabi: a arte da imperfeição.

Conto Zen.

terça-feira, 4 de março de 2008

MEDITAÇÃO: A ESCOLHA CERTA

Você não tem uma mente: você é a mente! Se você acredita que “tem” uma mente, é porque está se vendo no espelho e acreditando que é sua imagem. Você não tem uma mente: você é a mente! Sair da identidade “EGOCÊNTRICA” é fundamental no verdadeiro caminho de evolução espiritual. Só com este pulo você pára de sofrer (em vão) com os acontecimentos da vida e passa a usá-los no seu real propósito: uma escola viva para se aprender a meditar.

Ensinamentos do mestre
Thich Nhat Hanh.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Meditação na respiração - a energia de existir

A energia vital, que no yoga é chamada de "prana", e o chineses chamam de CHI (QI) está no ar.

O mero ato de respirar com consciência é suficiente para aumentar a captação dessa energia e alterar o nosso estado físico, mental, emocional.

Prática:

Sente-se com a postura ereta, mantenha os olhos semi-serrados (entre abertos) e observe sua respiração, respiração diafragmática, sem interferir. Não resista se houver qualquer mudança no ritmo, só observe. Quando perceber que se distraiu com algum pensamento, simplesmente retorne a atenção à respiração, suavemente. Não faça qualquer julgamento dos pensamentos, apenas "deixe vir e deixe ir. Tente ficar assim por 20 minutos, apenas existindo. (Texto extraído da revista Bons Fluídos).

_/\_!

domingo, 2 de março de 2008

Pequenos impulsos

Muito bem. Você deve estar se perguntando neste exato momento como, raios, é possível alcançar esse estado de espírito sem passar por um grande trauma. A Monja Coen, da Comunidade Zen-Budista Zendo Brasil, relata uma curiosa história narrada por Buda séculos atrás. Dizia ele que os homens são como quatro tipos de cavalos. O primeiro, só de ouvir a ordem do cavaleiro, já se põe a galopar. Já o segundo precisa tomar uma chibatada de leve para agir. Apenas quando sente na carne a dor da espora é que o terceiro decide se mexer. Por fim, o quarto cavalo apenas sai do estupor ao levar um cascudo tão forte que chega ao osso. "Sejamos como o primeiro, que acorda sem precisar levar nenhuma lambada", diz a monja.

Como ela diz: nada dura. Nem sua vida. As pequenas mudanças que atravessam seu caminho são lembretes constantes disso.

Pequeno trecho extraído da revista Vida Simples.

sábado, 1 de março de 2008

Percepção da vida

"Aos poucos, começamos a perceber que a vida é finita e que não devemos perder tempo com futilidades. E, como buscamos uma vida com menos sofrimento, passamos também a querer evitar que os outros sofram e a desenvolver compaixão."

Lama Padma Samten - (Físico - budista).