quinta-feira, 30 de julho de 2009

De coração a coração


“O estado do seu coração hoje é a prova de onde você tem andado e de quanto percorreu no caminho”.

Furimiru.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Após o canto do pássaro


"Antes que a chuva pare podemos ouvir o trinar de um pássaro. Mesmo sob o peso da neve vemos campânulas brancas e alguns rebentos". Shunryu Suzuki.

Certo dia, o mestre I-tuam tinha acabado de tomar o seu lugar para dar início à palestra do Dharma quando, lá fora, um pássaro começou a cantar. O mestre nada disse, e todos se puseram a ouvir o canto do pássaro. Quando o canto parou, o mestre anunciou simplesmente que o sermão já havia sido proferido e foi embora. (Extraído do livro "O Espírito do Zen" Allan Watts)

"O Zen é o sutil em oposição ao óbvio; a insinuação em oposição à afirmação".

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Change your mind



"Mude seu pensamento, então o seu mundo mudará"!

Zen Buddhist philosophy _/|\_...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Como manter a mente desperta em seu dia-a-dia


"Paz a Cada Passo"

Vinte e quatro horas novinhas em folha

“Todas as manhãs, quando acordamos, temos vinte e quatro horas novinhas em folha para viver. Que dádiva preciosa! Temos a possibilidade de vi¬ver de uma forma que essas vinte e quatro horas tragam paz, alegria e felicidade a nós mesmos e aos outros.

A paz está presente aqui e agora em nós mesmos e em tudo o que fazemos e vemos. A questão é estar ou não em contato com ela. Não precisamos fazer uma longa viagem para admirar o azul do céu. Não precisamos sair da cidade ou sequer da nossa vizinhança para apreciar os olhos de uma linda criança. Até mesmo o ar que respiramos pode ser uma fonte de alegria.

Podemos sorrir, respirar, caminhar e fazer nossas refeições de uma forma tal que nos permita entrar em contato com toda a felicidade que existe a nosso dispor. Somos muito bons na preparação para a vida, mas não o somos na vida em si. Sabe¬mos sacrificar dez anos em troca de um diploma e nos dispomos a trabalhar duramente para obter um emprego, um carro, uma casa e assim por diante. Temos, porém, dificuldade para nos lembrar¬mos de que estamos vivos no presente momento, o único momento que existe para estarmos vivos. Cada respiração, cada passo pode estar repleto de paz, alegria e serenidade. É necessário apenas que estejamos despertos, vivos no momento presente.

Este pequeno livro se propõe a ser como o toque de um sino para despertar a consciência, um lembrete de que a felicidade só é possível no momento presente. É claro que planejar o futuro faz parte da vida, mas mesmo o planejamento só pode acontecer no momento presente. Este livro é um convite para uma volta ao momento presente e para a descoberta da paz e da alegria. Nele apresento algumas das minhas experiências e uma série de técnicas que podem ser úteis. Mas, por favor, não esperem o final do livro para encontrar a paz. A paz e a felicidade estão em cada momento. A paz é cada passo. Caminharemos de mãos dadas. Bon voyage”.

Do livro “Paz a cada passo. Como manter a mente desperta em seu dia-a-dia” de Thich Nhat Hanh.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A vida tal como ela é



Cena curiosa extraída do filme "O Curioso Caso de Benjamin Button", quando uma série de eventos sem controle vão ocorrendo até culminar em um acidente.

A cena mostra claramente como que em certas circunstâncias da vida, em que nós nos encontramos em rota de colisão, na qual não temos controle algum; ...quando um fato leva a outro, e uma série de eventos acontecem em efeito dominó... como se estivéssemos sendo levados pela correnteza naquele momento da "roda da vida", então, nesta hora a lei do karma mostra sua força, quando encontra "causas e condições" favoráveis...

Aliás o filme é ótimo, não deixe de assistir!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O que é preciso para ser feliz?


Um velho monge zen foi certa vez convidado para ir até a corte do rei mais poderoso daquela época.

—-Eu invejo um homem santo que se contenta com tão pouco, disse o rei.

—-Eu invejo Vossa Majestade, que se contenta com menos que eu - respondeu o monge zen.

Como você me diz isto, se todo este reinado me pertence? - disse o rei, ofendido.

Justamente - falou o velho monge. Eu tenho a música das esferas celestes, tenho os rios e as montanhas do mundo inteiro, tenho a lua e o sol, porque procuro a pura prática no caminho da simplicidade. Vossa Majestade, porém tem apenas este reino.

Conto Zen.

domingo, 5 de julho de 2009

Bolos de painço


Um dos grandes barões do Japão ocidental foi visitar o Mestre zen Hakuin e pedir instrução. Acontece que uma aldeã tinha trazido alguns bolos de painço para o mestre exatamente ao mesmo tempo. Hakuin pegou imediatamente os bolos e ofereceu-os ao barão.
Acostumado a alimentação opulenta, o barão nunca comera painço. Por isso, não foi capaz de aceitar os bolos simples da camponesa.

Observando isso, Hakuin repreendeu-o dizendo:

“- Força-te a comer; conhecerás assim a miséria da gente comum. O meu ensino não é senão isto”.

Extraído do livro: “Novos Contos Zen” – Thomas Cleary.

Postado originalmente no Espírito do Tai chi.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O MONGE E O ESCORPIÃO


Amar seu ofensor é uma questão de natureza.

Ninguém pode dar aquilo que não possui.

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

— Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu: — Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.

Este conto nos faz refletir a forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com que nos relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos melhorar nossas próprias reações e atitudes, sabendo que cada um dá o que tem e o que pode. Devemos fazer a nossa parte com muito amor e compaixão ao próximo. Cada qual conforme sua natureza, e não conforme a do outro.

Conto budista.