segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Medo da verdade


A prática inteligente sempre lida apenas com uma coisa: o medo na base da existência humana, o medo de que "eu não sou". E é claro que "eu não sou", mas a última coisa que quero saber é isso: eu sou a própria impermanência em uma forma humana em rápida mudança, mas que aparenta solidez. Eu temo ver o que sou: um campo de energia sempre em mutação...

Então a boa prática se refere ao medo. O medo toma a forma de pensamento constante, especulação, análise, fantasia. Com toda essa atividade, criamos uma nuvem-tampa para nos manter seguros em uma prática de faz-de-conta.

A verdadeira prática não é segura; é tudo menos segura. Mas não gostamos disso, então ficamos obcecados em nossos esforços febris para alcançar nossa versão do sonho pessoal. Tal prática obsessiva é também apenas outra nuvem entre nós e a realidade.

A única coisa que importa é ver com uma lanterna impessoal: ver as coisas como elas são. Quando a barreira pessoal cai, por que precisamos chamar isso de alguma coisa? Apenas vivemos nossas vidas. E quando morremos, apenas morremos. Nenhum problema em nenhum lugar.

Charlotte Joko Beck, "Everyday Zen"

4 comentários:

GibranRowingNews disse...

Uma data super importante.
Ao completar 40 anos, segundo muitos, é onde a vida de fato se inicia. Pois já se viveu o suficiente pra compreender muitas coisas e então viver-se a partir de agora numa harmonia mais completa, com a natureza, a família, os amigos, e também com os desconhecidos que esbarramos no dia-a-dia nas ruas.
Te desejo ainda mais Paz de espírito e serenidade pra seguir firme na sua jornada.
Um grande e forte abraço.
Namastê.

Felicidade somos nós que a fazemos.

Gibran.

Esteja Aqui e Agora... disse...

Valeu IRMÃO. Ao longo de muitas, e muitas vidas... seguindo em frente!

_/|\_...

Jōken disse...

Parabéns!

Paulo disse...

Quando a vida é vivida como uma experiência real, o medo de não ser desaparece; dá lugar à serenidade de estar seguindo no fluxo do universo, de fazer parte de uma totalidade em vez de se refugiar na fantasia de um ego independente do mundo.