sábado, 9 de fevereiro de 2008

Schopenhauer e a Filosofia

[...] Também podemos basear nosso argumento no próprio nome dado pelo filósofo ao seu cão: ‘Atma'.

A distinção realizada por Kant entre a coisa-em-si (numenon) e o que se mostra (phainomenon) é um dos pontos de partida para a filosofia de Schopenhauer.

Somos limitados pelo nosso aparato cognitivo (sentidos, mente e inteligência) que apenas apreêndem a realidade de um determinado jeito, sob uma série de categorias. A verdade do mundo nunca se mostra inteiramente, e mesmo se se mostrasse, nós não a perceberíamos em sua plenitude. Com este movimento Kant pretendeu mostrar que os objetos de estudo da metafísica, Deus, existência da alma etc, estão além da capacidade cognitiva dos homens. Pela razão não podemos chegar a um conhecimento seguro sobre tais objetos. Em Schopenhauer isto também se aplica, de certa forma, mas suas reflexões são bastante diferentes das de Kant, e ele chegou a escrever um livro sobre as diferenças de seus sistemas filosóficos. Sua pretensão foi mais longe ao buscar meios pelo qual o sujeito, àquele que percebe os objetos do mundo e de sua mente, pudesse por alguma maneira acessar a coisa em si, a essência do mundo.

Um comentário:

Eliana Cecília disse...

Li sua citação em Yalom. Se ainda não leu, vale a pena ... O Carrasco do Amor ... para os apaixonados por esses assuntos

Eliana