domingo, 28 de setembro de 2008

Cultivando a Equanimidade


[...] Se pudermos nos lembrar constantemente de trazer a vigilância a esses dhammas mundanos à medida que surgem em nossas vidas diárias, começaremos a ver o sofrimento presente no apego. Começaremos a ver a vacuidade essencial e a impermanência das condições. Na prática da meditação podemos não gostar daquilo que surge, e ainda assim, a disponibilidade em permanecer com aquilo que está acontecendo é o que traz a libertação. Quanto menos apegados ao conforto, mais à vontade estaremos em relação a nós mesmos e a esse mundo.

A prática da equanimidade não significa que devemos tornar-nos seres passivos. Quando faz calor nós abrimos a janela. Mas cada vez que não está em nosso poder modificar as coisas, é possível para nós um refúgio interior? Esse refúgio interior é nossa capacidade de ser equânime.

© Narayan Liebenson Grady.

© tradução do francês de Cecília Villacian para o Centro Buddhista Nalanda, 2005.

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