sexta-feira, 20 de junho de 2008

Tradição Zen


Silêncio e concentração. Pernas cruzadas. Pés sobre as coxas, mãos no colo e costas retas. É assim que os adeptos do zen budismo meditam. No Japão, a prática chegou no início do século doze, e o tempo transformou a lenda em “folclore”, com a fabricação dos bonecos Darumás.

“As pernas não aparecem porque elas estão na postura de lótus e as mãos estão também escondidas dentro desse manto, realizando o mudra cósmico. Então tanto os braços como as pernas acabam não aparecendo. Parece que só tem rosto, mas tem o corpo inteiro”, disse o monge Francisco Handa.

O Darumá é um dos talismãs mais populares do Japão. O nome é a representação de Bodhidharma, monge indiano fundador do zen budismo. “O Budidharma seria o principal patriarca do budismo depois do Buda. Budhidharma é um elemento extremamente importante dentro do budismo zen, se não fosse ele com certeza hoje nós não estaríamos praticando o budismo zen aqui e no mundo inteiro”, afirmou o monge.

Foi Bodhidharma quem levou o budismo da Índia para a China. Segundo a lenda, o monge era incansável na busca pela iluminação. Um dia, decidiu se recolher no silêncio de uma caverna para meditar. Lá ficou por nove anos até alcançar a iluminação. Ainda de acordo com a lenda, durante todo o tempo em que ficou meditando Bodhdharma “não pregou os olhos”.

Talvez seja essa a explicação para o Darumá não ter as pálpebras nem as pupilas.

“Darumá queria justamente isso: a persistência. Você acreditar naquilo que você está planejando. Não desista. Vá em frente e não faça com que nenhum tipo de obstáculo acabe atrapalhando seus planos. Talvez seja essa a lição que ele pode acabar nos transmitindo”, disse o monge.

Fonte: G1

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