quarta-feira, 9 de julho de 2008

Conversando com Chagdud Rinpoche

Se queremos ajudar os outros a eliminar seus defeitos e desenvolver suas qualidades positivas, precisamos nos assegurar de que, primeiro, nós mesmos estejamos livres de defeitos e dotados de qualidades positivas. Mesmo que não estejamos totalmente isentos de defeitos, mesmo que não tenhamos revelado por inteiro todas as nossas qualidades positivas, devemos, pelo menos, ter purificado a nossa mente o suficiente para ajudar os outros, em vez de simplesmente criticá-la.

Por isso é tão importante examinarmos a nossa própria mente. Quando temos um pensamento negativo, ou mesmo um pensamento neutro, — um que não seja particularmente não-virtuoso —, precisamos tentar transformá-lo em virtuoso. Quanto mais redirecionamos a mente, mais sua expressão externa em palavras e ações se torna virtuosa. A raiz de todos os fenômenos do samsara e nirvana está na mente. Os estados mentais virtuosos e não-virtuosos são responsáveis pelo carma que leva ao sofrimento ou à felicidade.

Se repetidamente examinarmos nossos pensamentos, palavras e ações, e domesticamos a nossa mente, nossas deficiências começarão a diminuir e nossas qualidades positivas a crescer. Quanto mais se reduzirem nossos defeitos, mais irão se beneficiar as pessoas a nossa volta. Quanto mais forem incrementadas as nossas qualidades positivas, maior será nossa capacidade de ajudar os outros a cultivarem eles próprios essas qualidades.

Entrevista com S.E. Chagdud Tulku Rinpoche.

Nenhum comentário: