segunda-feira, 21 de julho de 2008

Jesus e Buda, Irmãos

Desde o século passado que estudiosos apontam algumas semelhanças entre os ensinamentos de Buda e Jesus.

Buda: É mais fácil ver os erros dos outros que os próprios; é muito difícil enxergar os próprios defeitos. Espalham-se os defeitos dos outros como palha ao vento, mas escondem-se os próprios erros como um jogador trapaceiro"

Jesus: Por que olhas o cisco no olho de teu irmão e não vês a trave no teu? Como ousas dizer a teu irmão: 'Deixa-me tirar o cisco de teu olho, pois sei corrigir teu erro de visão'? Hipócrita, tira primeiro o engano de tua visão, e só então poderás tirar o cisco de teu companheiro".

Buda: "Não importa o que um homem faça, se seus atos servem à virtude ou ao vício, tudo é importante. Toda ação acarreta frutos".

Jesus: "Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Porventura colhem-se figos de espinheiros ou ervas de urtigas? Toda árvore se conhece pelos frutos".

Buda: A pessoa má fala com falsidade, acorrentando os pensamentos às palavras. Aquele que fala mal e rejeita o que é verdadeiramente justo não é sábio".

Jesus: O homem bom tira coisas boas do tesouro do coração, e o mau retira coisas más, pois a boca fala do que está cheio o coração".

Buda: Assim como a chuva penetra numa casa mal coberta, também a paixão invade uma mente dispersa. Assim como a chuva não penetra numa casa bem coberta, igualmente a paixão não invade uma mente bem formada".

Muitas outras analogias ainda mais ricas seriam possíveis. Remeto o leitor ao livro "Jesus e Buda, Irmãos", do mestre zen Thich Nhat Hanh para um estudo mais aprofundado. Um diálogo inter-religioso. Nele, Jesus e Buda se sentam e conversam sobre as orações e os rituais mútuos. Perguntam como um pode ajudar a renovar as tradições do outro. Analisam os pontos comuns em conceitos como o renascimento e a prática da conscientização.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sempre que vejo estas comparações entre os ensinamentos éticos, fico pensando que Confúcio, Lao Tzu, Moisés, Maomé, Bahá’u’lláh, o Profeta Gentileza e outros, são mesmo muito semelhantes.

Porém, como conciliar 'Anatta' com 'Alma'?
Como conciliar 'Danação Eterna' com 'Anicca'?
Como conciliar um 'Criador' com o caráter cíclico do universo?
Como conciliar um 'Juiz Supremo' ou o 'Pecado Original' com o 'karma'?
Como conciliar o "Eu sou a verdade, o caminho e a vida" com a "ausência de um 'eu'"?

Beto