quarta-feira, 9 de abril de 2008

Compaixão

A pergunta que se deve fazer ao sentir a compaixão nascendo dentro do peito é: “De que forma posso ajudar agora?” E a resposta depende tanto de sentimento quanto de raciocínio. “Ter compaixão significa aliar amor e sabedoria”, disse o mestre Geshe Lhakdor, um especialista em filosofia budista que esteve no Brasil. Com palavras tão simples, ele dá a chave de ouro de como se pode exercitar a compaixão. Porque é preciso sentimento, sim, mas também um certo domínio da situação e inteligência. De outra maneira, ficaríamos só chorando ao lado de quem está sofrendo. Bombeiros e salva-vidas não salvariam pessoas, enfermeiras não conseguiriam cuidar direito de seus pacientes, acompanhantes de pessoas doentes entrariam na mais profunda depressão. “Para ajudar o outro, compartilhar sua dor, é preciso estar inteiro, íntegro, e não caindo aos pedaços, emocionalmente falando”, diz a psicóloga Ana Maria Silva, que dá suporte aos contadores de histórias da Associação Viva e Deixe Viver.

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